ATA DA QUINQUAGÉSIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 02-6-2016.
Aos dois dias do mês de junho do ano de dois mil e
dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, na qual registraram presença Adeli Sell,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Fernanda Melchionna,
José Freitas, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Mauro
Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Waldir Canal. Constatada a
existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, registraram presença Airto Ferronato, Delegado Cleiton, Dinho
do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro,
Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Rodrigo
Maroni, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. À MESA, foram
encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 247/15 (Processo nº 2635/15),
de autoria de Cassio Trogildo; o Projeto de Lei do Legislativo nº 062/16
(Processo nº 0714/16), de autoria de Marcelo Sgarbossa; o Projeto de Lei do
Legislativo nº 079/16 (Processo nº 0898/16), de autoria de Mendes Ribeiro; e os
Projetos de Lei do Legislativo nos 091, 093 e 100/16 (Processos nos
1008, 1014 e 1049/16, respectivamente), de autoria de Rodrigo Maroni. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se Paulo Brum, Tarciso Flecha Negra, Bernardino
Vendruscolo, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon, Clàudio Janta, Engº Comassetto e
Idenir Cecchim. Às quinze horas e dezesseis minutos, constatada a existência de
quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foram apregoadas as
Emendas nos 03 e 04, assinadas por Any Ortiz, e 05, assinada por
José Freitas, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 049/12 (Processo nº 0621/12),
e foram aprovados Requerimentos de autoria de Any Ortiz e Mendes Ribeiro,
solicitando dispensa do envio à apreciação de Comissões Permanentes das Emendas
nos 03 e 04 e nº 05, respectivamente. Após, foram votados
conjuntamente e aprovados Requerimentos verbais formulados por Sofia Cavedon e
Clàudio Janta, solicitando alterações na ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia. Também, foram aprovados Requerimentos verbais
formulados por Reginaldo Pujol e por Marcelo Sgarbossa, solicitando alterações
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 265/13 (Processo nº
2298/13), após ser encaminhado à votação por Marcelo Sgarbossa, Airto
Ferronato, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Clàudio Janta, Engº
Comassetto, Lourdes Sprenger, Valter Nagelstein, Márcio Bins Ely e Bernardino
Vendruscolo. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 265/13, por quatorze votos SIM, nove votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Adeli Sell,
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Engº Comassetto,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Paulinho
Motorista, Prof. Alex Fraga, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra, votado Não Dr. Goulart, José Freitas, João Carlos Nedel, Lourdes
Sprenger, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Valter
Nagelstein e optado pela Abstenção Delegado Cleiton. Foi aprovada a Emenda nº
02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 265/13, por treze votos SIM, onze
votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo,
tendo votado Sim Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio
Janta, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon e Tarciso
Flecha Negra, votado Não Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Idenir
Cecchim, José Freitas, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção Delegado
Cleiton. Foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 265/13, por doze
votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada por Cassio
Trogildo, tendo votado Sim Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo,
Clàudio Janta, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha
Negra e votado Não Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Elizandro
Sabino, Idenir Cecchim, José Freitas, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger,
Luciano Marcantônio, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol e Valter Nagelstein. Após, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Bernardino Vendruscolo, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 063/16 (Processo nº 1404/16). Após, foi constatada a existência
de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Cassio Trogildo. Em
Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº
006/13 (Processo nº 2284/13), por vinte e quatro votos SIM, tendo votado Adeli Sell, Airto Ferronato, Cassio Trogildo,
Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Engº
Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, José Freitas, João Carlos
Nedel, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mendes Ribeiro,
Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo
Pujol, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Marcelo Sgarbossa, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. A
seguir, foi apregoado Requerimento de autoria de Marcelo Sgarbossa, solicitando
renovação de votação para o Projeto de Lei do Legislativo nº 265/13 (Processo
nº 2298/13). Em Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
044/14 (Processo nº 0524/14). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 044/14. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
044/14. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 015/14
(Processo nº 1035/14). Após, foram votados conjuntamente e aprovados
Requerimentos verbais formulados por Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra,
solicitando alterações na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Votação, esteve a Indicação nº 022/16 (Processo nº 0959/16), a qual,
após ser encaminhada à votação por Sofia Cavedon e Elizandro Sabino, teve a sua
votação suspensa em face da inexistência de quórum deliberativo. Na
oportunidade, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Tarciso Flecha
Negra, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Às
dezesseis horas e cinquenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, em verificação solicitada por Idenir Cecchim, foi encerrada a
Ordem do Dia. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 006/16, discutido por Márcio Bins Ely, Engº
Comassetto e Clàudio Janta, e o Projeto de Lei do Legislativo nº 109/16; em 2ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 229/15, 084, 106 e
083/16, este discutido por Dr. Thiago, e o Projeto de Resolução nº 013/16.
Também, Valter Nagelstein pronunciou-se durante o período de Pauta. Durante a sessão, Sofia Cavedon e Valter
Nagelstein manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas
as presenças, neste Plenário, de Fabio Porta, Deputado do Partido Democrático
Italiano, Ivan Brugali, Pedro Carraro, Pedro Moré e Valerio Settimo. Às
dezessete horas e vinte e um minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por Cassio
Trogildo e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Paulo Brum está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; Ver. Bernardino, hoje eu vou imitar Vossa Excelência. Eu quero
registrar o constrangimento, Sr. Presidente, pelo qual passei hoje pela manhã
próximo ao meio-dia, e confesso que me lembrei de 20 e tantos anos atrás,
quando nós, pessoas com deficiência física, que utilizamos uma cadeira de
rodas, muitas e muitas vezes tivemos que ser carregados no colo escada acima
por falta de acessibilidade. Hoje pela manhã, eu estive na agência do Banco do
Brasil, a nossa agência central, na Rua Uruguai, tinha que fazer um
procedimento bancário e tive que ir lá pessoalmente. Quando eu chego à agência,
eu me deparo – e aqui quero imitar o meu amigo Ver. Bernardino, fiz questão de
registrar – com esta cena, Sr. Presidente. (Mostra fotografia.) A entrada do
Banco do Brasil para pessoas com deficiência física, com dificuldade de
locomoção e que utilizam cadeira de rodas, a porta estava trancada com uma
grade. (Mostra fotografia.) Aqui atrás, tem um elevador acessível. Eu tive que
chamar – por sorte estava acompanhado do meu motorista – o segurança do banco,
porque ninguém estava ali para explicar por que aquela porta estava trancada.
Desceu um menino muito atencioso e me informou que o elevador estava estragado,
portanto eu teria duas opções: ou eu me dirigiria a uma outra agência, o que
não era o caso, porque eu tinha que estar naquela agência; ou, então, que eu aceitasse
ser carregado escada acima por servidores do banco. Eram essas as opções que eu
tinha e eu tinha que estar nessa agência hoje. Fiz questão de registrar. Eu me
lembrando, me recordando dos meus tempos de 20 e tantos anos atrás, quando,
inclusive, nessa mesma agência – eu até procurei nos arquivos, para ver se eu
tinha –, eu fiz uma foto sendo carregado. (Mostra fotografia.) Naquela época, a
nossa legislação ainda não era obrigatória, mas, hoje, nós temos uma legislação
que determina que a acessibilidade é uma obrigação.
Sr.
Presidente, eu fiz uma denúncia através do 156. Nós, em 2005, criamos a
primeira Secretaria Municipal – na época, era a Secretaria Especial de
Acessibilidade e Inclusão Social –, por lei, a primeira do País. Em 2011, eu
tive a honra e a grata satisfação de poder fazer parte dessa Secretaria. Também
criamos, em 2011, departamento voltado à fiscalização da acessibilidade. Por
isso hoje, talvez pela primeira vez, eu fiz esse requerimento, fiz essa
denúncia à Prefeitura – consequentemente, à nossa fiscalização da
acessibilidade de Porto Alegre –, para que vá ao Banco do Brasil, agência
central, verificar por que esse elevador está estragado. O rapaz não soube me
dizer há quanto tempo, mas, conforme me informou ontem, um cidadão de cadeira de
rodas já teve que ser submetido ao constrangimento de ter que subir as escadas
carregado por seguranças.
Portanto,
Sr. Presidente, eu faço este registro. Espero que cenas como essa que eu vivi
hoje não se repitam, não por eu ser Vereador, mas por tantos outros Paulos, por
tantas outras pessoas que, no dia a dia, dependem apenas de um direito, o
direito da acessibilidade, o seu direito pleno de ir e vir. Obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, eu quero, em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, me solidarizar com o Ver. Paulo Brum e
sugerir que a Câmara se manifeste formalmente, através da presidência e do
conjunto dos líderes, ao estabelecimento onde ocorreu o fato, para que,
exemplarmente, nós tenhamos correção desse problema seriíssimo que não respeita
a dignidade humana.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente, Vereadores, Vereadoras, público que
nos assiste; trago um assunto de muita importância que nós temos que apoiar e
aplaudir. Hoje à noite, acontece um jantar do Instituto do Câncer Infantil, que
será realizado na Associação Leopoldina Juvenil aqui em Porto Alegre. São
esperadas cerca de 500 pessoas no evento. Toda a renda será revertida em
benefício da criança com câncer. O jantar desta noite será em homenagem aos 25
anos do Instituto do Câncer Infantil. Temos que destacar o trabalho deste
Instituto, que se mantém exclusivamente com a colaboração da comunidade por
meio de várias formas de doação. Os recursos são captados através da realização
de eventos, como a Corrida pela Vida e o MacDia Feliz; pela lei de incentivos
do Governo, por projetos diversos e através de doações de pessoas físicas e
jurídicas.
Também quero parabenizar o Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense e o Internacional, que apoiam esse projeto maravilhoso, que
ajuda a criança e o adolescente com câncer, dando a chance a eles de alcançar a
cura e de ter a experiência de viver a vida em paz como uma pessoa normal. Essa
deveria ser uma preocupação de toda a sociedade, colaborando de alguma forma.
Nós temos a oportunidade de sermos responsáveis por espalhar a alegria e a paz
a essas crianças, que tanto precisam da nossa ajuda. Colaborando com o
Instituto do Câncer Infantil, você pode proporcionar o aumento da quantidade e
da qualidade dos atendimentos às crianças com câncer vindas de famílias
carentes, que não têm condições de se tratar. Principalmente aquelas que moram em pequenas cidades do Interior, onde não
tem centro de tratamento, e que precisam se deslocar à cidade de Porto Alegre.
Como
é bonito quando as pessoas fazem as coisas para ajudar sem esperar nada em
troca. Temos que aprender a valorizar cada vez mais as pessoas que fazem
campanhas de doação de alimentos, de brinquedos, de agasalhos para os mais
necessitados; gente que distribui sopa para os moradores de rua, voluntários
que levam um pouco de alegria aos enfermos nos hospitais, doadores de medula,
profissionais que reservam um minuto de seu tempo à leitura para cegos. Eles
fazem pelo prazer de ajudar e com muita disposição para tornar o mundo melhor
para se viver.
Eu
digo que já estive em alguns jantares, já estive em alguns hospitais, às vezes,
levando a camisa do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense para algumas crianças com
câncer, leucemia. A gente vê, nos olhos dessas crianças, dessas famílias, a
esperança. Temos que, de alguma maneira, de alguma forma, procurar dar um
pouquinho daquilo que a gente tem, para que possamos ter um mundo mais feliz,
cheio de esperança, principalmente para as nossas crianças.
Sr.
Presidente, para finalizar, é com muito orgulho que eu venho aqui falar sobre o
Instituto do Câncer, 25 anos, parabéns por essas atitudes! É disso aí que o
nosso País precisa: sermos um pouquinho solidários. Assim, lá na frente,
teremos um mundo bem mais feliz para todos nós. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo; Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; venho a esta tribuna, Ver. Paulo Brum, para
fazer um comentário a respeito do assunto que V. Exa. traz a esta Casa. V. Exa.
foi Deputado, hoje é Vereador atuante neste segmento, e que bom que tenha
ocorrido com V. Exa. esse fato, porque é autoridade no assunto, é homem público
e tem não o direito, mas a obrigação de externar a sua indignação. Eu, Ver.
Paulo Brum, com a decisão de não concorrer mais, tenho tido a liberdade de
conversar com as pessoas e, cada vez mais, estamos notando que o cidadão, de um
modo geral, está nos colocando, nós, homens públicos, numa situação de tomarmos
posições claras, absolutamente claras. Imagine V. Exa. que nós criamos aqui
nesta Casa, depois de muitos debates, uma Secretaria de Acessibilidade. Vou
falar pausadamente: aqui nesta Cidade, nós temos a Secretaria de
Acessibilidade. Ai, V. Exa. vai a um banco... Nós temos vários órgãos públicos
com essa dificuldade, vou citar um exemplo: o prédio do IPE, onde há
acessibilidade somente na entrada dos fundos. Já começa que isso é uma
humilhação. Acho que, em todas as entradas oficiais dos órgãos públicos, têm
que ter a condição de acessibilidade. Isso é um direito e um dever, não pode
entrar pelos fundos. Quero cumprimentá-lo por trazer esse assunto; receba, com
certeza absoluta, também dos demais colegas, o nosso apoio.
Ver. Idenir Cecchim, nesta linha de que nós,
homens públicos, temos que dar uma resposta à sociedade, eu gostaria de fazer
uma referência: V. Exa. foi Secretário da Indústria e Comércio e, durante o seu
período,
deixou uma marca: o Camelódromo. Foi uma verdadeira maratona para se chegar
aonde se chegou. Hoje, esqueceram. Parece que aquilo foi tão fácil, tão
simples. Eu fui testemunha viva das dificuldades que V. Exa. enfrentou,
inclusive, com Secretarias do seu próprio Governo, que dificultaram, ao máximo,
os licenciamentos. Realmente, nós, homens públicos que assumimos cargos, temos
a obrigação de nos indignar. É impossível nós não sinalizarmos nesse sentido
para a população.
Eu vejo algumas pessoas aqui neste plenário que
estão pilchadas; homens e mulheres devidamente pilchados. Vejam, senhoras e
senhores, olhem o que estamos vivendo aqui em Porto Alegre, na Capital
internacional dos gaúchos – esta não é a Capital gaúcha, é a Capital
internacional dos gaúchos: não temos um parque temático, não temos um museu do
gaúcho, não temos um memorial ao chimarrão! Temos um evento muito bonito, o
Acampamento Farroupilha, e temos que louvar aqueles que promovem o evento, mas
têm uma dificuldade tremenda para prestarem contas do dinheiro público! Aí
quando reclamamos aqui: “Ah, o Ver. Bernardino e os Vereadores tais são
contra.” Não, não somos contra; pelo contrário, somos altamente favoráveis, mas
tem que prestar contas. O Ver. Clàudio Janta sabe, fizemos uma CPI, na qual
ficou muito clara, patente a dificuldade que tem de prestarem contas. “Ah, mas
a empresa que presta o serviço dos banheiros é a mesma há 15 anos; a da
iluminação também é a mesma há 15 anos.” Só para começar. Vou ficar por aqui.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO
MARONI: Boa
tarde, Presidente Cassio Trogildo; boa tarde, demais Vereadores e Vereadoras,
público que nos assiste nas galerias, colegas da Câmara Municipal, público que
nos assiste pela TVCâmara, junto com a TV Assembleia; vai entrar um projeto meu
em votação que, provavelmente, vai gerar polêmica, questionamentos, Sr. Ayub, e
eu gostaria da sua recomendação, como médico, em relação a isso. Na semana
passada, ou no final da retrasada, eu estive no Presídio Central e lá recebi
uma homenagem da Brigada Militar, do Comandante que organiza o Presídio
Central. Já faz uns oito meses que eu tenho acompanhado o trabalho que é feito
no Presídio pela Brigada Militar e pelos próprios presos. Até a gente discutia
lá a possibilidade de os presos – é uma das coisas que a gente conversou com a
Brigada – fazerem casinhas de cachorro como uma forma de gerar renda, um
trabalho, porque eles trabalham com artesanato em madeira dentro do Presídio
Central. Então, não seria nada mais do que eles já fazem, e a gente conseguiria
produzir uma coisa que é bastante cara, tem um valor comercial alto, que são as
casinhas de cachorro. Quem tem cachorro sabe que, por menos de R$ 150,00 R$
200,00 não se compra uma casinha de cachorro. Essa ideia foi discutida lá, e o
Presídio acatou de uma forma muito legal.
Eu sou daqueles que defendem a parte dos
direitos humanos. De dez que entram lá, nove têm entre 18 e 19 anos e entram
normalmente por roubo ou tráfico de drogas, o que faz aquilo lá ficar lotado.
Tu entras numa galeria do tamanho de uma sala, e tem 150 guris de 18, 19 anos
por roubo e com penas curtas, muitas vezes de seis meses, um ano, dois anos.
Saem de lá, muitas vezes, sem dinheiro, com um acordo com o chefe da galeria
para virar homicida. Eles saem na condicional para matar. O indivíduo entra
traficante e sai homicida. Eu falo isso, porque tem também aqueles – lá dentro
tem a galeria, se não me engano, é a H, relacionada
aos crimes sexuais – que ficam separados dos outros por conta disso.
Aí
é que vem a questão que eu vou levantar agora, que parece demasiadamente
radical e, talvez, vá gerar polêmica, mas eu vou defender até o fim como um
projeto, mesmo que seja inconstitucional, para gerar debate e discussão na
Câmara e na cidade de Porto Alegre, que é questão dos violentadores. Eu
apresentei um projeto aqui que é da coleira eletrônica, que era um comparativo
com a tornozeleira eletrônica, para aqueles indivíduos que matam ou violentam
animais, que não são casos isolados, são diversos; durante este ano, eu tive
vários. Eu sou capaz de defender a castração química, porque, lamentavelmente –
e defendo publicamente –, o individuo que mata e estupra um animal é um
indivíduo em potencial, também, para estuprar uma criança ou um idoso.
Infelizmente, o Estado não tem o que fazer com aqueles que matam, mas,
fundamentalmente, com aqueles que estupram e têm desvio psiquiátrico. São
pessoas que vão ficar 40, 50, 60 anos na sociedade sem alternativa nenhuma,
porque tu soltas do presídio, e o individuo vai repetir, porque é um problema
irrecuperável, não tem o que fazer. É um tipo de desvio de conduta que não tem
remédio, não tem tratamento, a não ser que tu deixes a pessoa algemada numa
cama para o resto da vida, gerando um custo para o Estado. Então, eu defendo
não só o uso da coleira eletrônica para as pessoas que estupram e assassinam os
animais...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. RODRIGO
MARONI: ...como
defendo – e aí acho que aqueles que trabalham com a questão humana também
deveriam defender – a castração química desses indivíduos, para que eles
fiquem, pelo resto da vida, sem condições sexuais, para garantir uma segurança
mínima. No meu caso, a defesa vai ser para os animais, mas, seguramente, isso
deveria ser estendido para aqueles que estupram pessoas, que são os mesmos, que
são pessoas com problemas graves e não se tem o que fazer. Eu sei que muita
gente vai dizer que isso é radical, isso é extremista, mas não há como se
defender uma alternativa real de solução para esse tipo de situação, se não for através de um tipo de condição
que os coloque sem nenhum tipo de possibilidade de fazer um estupro em animais.
Então, aqui eu venho defender o projeto da castração química e da coleira.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente Cassio, senhores e senhoras,
Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste; eu pedi licença aos partidos
de oposição para nós tratarmos, porque ainda não pudemos, desse tema que está
comovendo o País e, infelizmente, é manchete nos jornais do mundo, que é o
crime hediondo cometido contra a adolescente no Rio de Janeiro. Nós, as
Vereadoras aqui desta Casa, assinamos, Presidente, uma Moção de Repúdio e
exigimos medidas duras para a responsabilização dos envolvidos. Hoje nós não
tivemos quórum pela manhã, mas esperamos poder votar essa moção, porque ela é
direcionada ao Ministro da Justiça, ao Governador do Estado do Rio e ao
Ministério Público, para que a nossa Câmara some esforços ao conjunto das
manifestações do País, para que se enfrente de vez essa cultura do estupro,
porque é disso que se trata.
Nós,
as várias Vereadoras, ontem acompanhamos uma caminhada imensa chamada por
jovens apartidárias, por movimentos de mulheres universitárias e secundaristas
que lotaram a Esquina Democrática. Fizeram uma grande caminhada até a Praça da
Matriz, onde imprimiram, com tinta vermelha, as suas mãos no chão, indignadas,
demonstrando que as mulheres, no País inteiro, não deixarão as ruas enquanto
este Brasil não levar muito a sério essa cultura que vitimiza as mulheres. Eu
não quero aqui dar dados, os nossos Vereadores sabem, mas tem um que é
aterrorizante: a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. Varia um
pouco esse percentual, mas há um indicativo de que apenas 30% dos crimes de estupro,
de assédio são denunciados. Esse dado ainda é de um número muito pequeno de
registros, porque os registros da violência contra a mulher são ainda de
processos violentos. As mulheres, meninas, vítimas têm vergonha, sentem-se
culpadas. A primeira reação do senso comum, às vezes, por parte de outras
mulheres ou dos delegados, é de culpar a vítima, seja pela sua roupa, por sua
postura, por sua forma de escolher relacionamentos. É lamentável, mas isso
ficou expresso, nítido pelos questionamentos que o delegado fez à menina que
sofreu aquela barbárie. Ela não faria a denúncia acuada, seja porque era o seu
namorado um jogador, seja porque era um traficante, seja porque ela se sentia
envergonhada, a última do mundo, suja, responsável, sei lá o que não passou
pela cabeça dessa menina barbaramente violentada. Isso acontece com muitas
mulheres e meninas. Quando chegam nas delegacias, nas polícias, são homens, são
métodos que as expõem, é a forma como as questionam. Ora, o Delegado perguntar:
“A senhora gosta de fazer sexo grupal?” Ora, ela faz sexo como ela quiser, mas
só fará se quiser. Esta é a regra, a única regra: faz com quem quiser, se
quiser, como quiser. Esta é uma regra muito simples a ser aprendida por todos
os homens deste País e do mundo: quando a mulher diz “não”, é “não”; pronto!
Nós compreendemos um pouco o movimento de luta
das mulheres para que, nas escolas, Vereadores e Vereadoras, esse tema seja
debatido, não seja escondido, não seja camuflado, não seja invisibilizado,
porque, se no processo educacional de vivência dos meninos e meninas não for
trabalhado o que é real, o que acontece na realidade, não tem como arejar, não
tem como problematizar, não tem como criar homens e mulheres livres, libertos e
respeitosos.
O debate que fazíamos no ano passado tinha a ver
com isso, mas nós também entendemos...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: ...Queria aqui,
então, encerrar a minha fala em nome da oposição – PCdoB, PT e PSOL – dizendo
que foi muito importante o que nós votamos há uns 20 dias. Talvez os senhores e
as senhoras não tenham a consciência, mas foi um esforço bonito do conjunto dos
Vereadores. Anualmente, aqui em Porto Alegre, está na Lei Orgânica do
Município, o Município tem que vir à Câmara e dizer: “Nós fizemos isso, isso e
isso de políticas públicas em Porto Alegre para a prevenção da violência contra
a mulher e para atender às vítimas de violência.” Então, nós, na Câmara,
teremos um ritmo de cobrança, de acompanhamento, porque isto é uma questão
fundamental: nós temos que sair do acolhimento de quem já é vítima e partir
para a antecipação, para a prevenção, para a proteção. É por todas as mulheres
que nós estamos na rua e queremos votar esta moção.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste e se
encontra aqui presente; esta semana, o Presidente Cassio Trogildo deu uma
entrevista para o Jornal do Comércio dizendo que esta Casa tinha que apresentar
uma agenda propositiva para a cidade de Porto Alegre. Nós vimos, durante algum
tempo, esta Casa ser pautada pela opinião pública e pela imprensa, e não pelos
projetos de extrema relevância para a cidade de Porto Alegre que discutimos e
fazemos; não pelo que nós discutimos e presenciamos terça-feira agora, por
exemplo, na Comissão de Orçamento, quando o Executivo trouxe o quadrimestre e
apresentou um mapa de expectativa de receita e de arrecadação para Porto
Alegre; não se discute o papel desta
Casa na LDO, no Orçamento, o papel desta Casa na fiscalização do Executivo; mas
se discute quando esta Casa faz projeto para distribuir camisinha, para pintar
parada de ônibus, para colocar, ou não, sal na mesa. Agora, vemos o Ver.
Rodrigo Maroni trazer um projeto para discutir se um animal foi ou não
estuprado, se a pessoa que fez isso tem que usar ou não coleira. Novamente nós
estaremos na mídia.
A
Ver.ª Sofia trouxe hoje os dados que se encontram disponíveis a respeito desse
absurdo que fazem contra as mulheres a cada 11 minutos neste País; do absurdo
que fazem com as crianças, dados que estão à disposição em todos os Conselhos
Tutelares; do absurdo que fazem com as pessoas que saem para trabalhar e
produzir. Ainda ontem foi noticiado o que acontece: as pessoas sendo
assaltadas, roubadas, tendo seus lares invadidos, e não se consegue ter um
controle sobre esses delinquentes. Aí acham que nós vamos ter controle sobre
essas pessoas que, muitas vezes, vêm com essa cultura lá do Interior; que nós
vamos ter o controle disso, que nós vamos despender o tempo desta Casa para
discutir uma coisa que nós teríamos que mudar lá no Congresso Nacional, que é o
Código Penal. Lá é que nós temos que mudar. Nós temos que incluir no Código
Penal que o abuso de animais é crime, que o estupro de animais é crime. Não
cabe a esta Casa incluir isso no Código, não cabe a esta Casa botar coleira em
estupradores de animais. Aí nós vamos cair novamente na chacota do povo de
Porto Alegre.
O
Presidente desta Casa, em nome dos 36 Vereadores, diz que nós temos que propor
uma agenda positiva, mostrar o que realmente esta Casa faz, que não é apenas
propor pintar paradas de ônibus – com o que tentam acabar com a nossa imagem –,
e não sai nada do que esta Casa faz de positivo para a cidade de Porto Alegre.
Nós fazemos muitas coisas positivas para a cidade de Porto Alegre: na questão
da segurança pública, fizemos grandes debates; na questão da mobilidade, na
questão da educação, na questão da saúde, na questão de várias questões esta
Casa está presente, participando, debatendo, discutindo nas comissões, no
plenário, seja em projetos, seja em indicativos para o Executivo, seja
participando nas comunidades. Agora eu acho que nós não podemos novamente expor
a Casa do Povo de Porto Alegre, expor os 36 membros desta Casa, expor novamente
este plenário a uma discussão sem futuro...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...que
cabe mudar o Código Penal brasileiro. Eu acredito que vários de nós estaremos
juntos para que isso ocorra, mas não cabe a nós estarmos discutindo aqui
utopias, estarmos aqui discutindo coisas que não cabem a esta Casa discutir.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº
COMASSETTO:
Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras; em nome do Partido dos
Trabalhadores – deste Vereador, do Ver. Adeli Sell, do Ver. Marcelo Sgarbossa e
da nossa Líder, Ver.ª Sofia Cavedon –, venho aqui manter o diálogo e o debate
com os colegas Vereadores e Vereadoras e com todos os que nos assistem a
respeito da conjuntura política brasileira e das ações que o Governo golpista
vem implementando e vem desconstituindo uma a uma.
Ontem, vários oradores usaram esta tribuna para
reclamar das medidas de arrocho e desmonte das políticas sociais que o Governo
golpista do Temer vem implementando. Disse aqui que não adianta chorar aqueles
que apoiaram e apoiam o golpe. Nesta manhã, tivemos uma medida do Supremo
Tribunal Federal que determinou que o Governo golpista do Temer reconduzisse à
presidência da Empresa Brasil de Comunicação o Sr. Ricardo Melo e mais 50
funcionários que haviam sido demitidos por uma medida inconstitucional, entre
muitas outras. E tinha colocado lá, na Empresa Brasil de Comunicação, prezado Maroni,
nada mais nada menos do que um preposto da Rede Globo. Então esta é uma medida
que retoma o seu lugar, entre muitas outras que certamente acontecerão em
breve.
Eu quero convidar a todos para a grande
manifestação que ocorrerá hoje, em Porto Alegre, em defesa do Sistema Único de
Saúde. A partir das 15h, haverá uma concentração dos trabalhadores e usuários
da saúde em frente ao HPS, para a luta contra o desmonte do Sistema Único de
Saúde que está sendo implementado. Na última semana, já foi anunciado o corte
de mais de R$ 10 bilhões do Sistema Único de Saúde. Nós recebemos a notícia hoje,
está publicado na imprensa que, só no Rio Grande do Sul, no último ano, mais de
35 mil pessoas ou usuários deixaram de pagar ou de ter plano de saúde privado.
Para aonde vão essas pessoas? Para o Sistema Único de Saúde. Associado a isso,
está acontecendo neste momento, em Fortaleza, o Congresso Brasileiro de Saúde,
com mais de quatro mil participantes, mais de três mil Secretários Municipais
de Saúde. O que aconteceu, hoje de manhã, na abertura? O Ministro interino da
Saúde – e golpista – Osmar Terra, Deputado aqui do Rio Grande do Sul, foi
vaiado intensamente por mais de três mil Secretários de Saúde dos Municípios
brasileiros, não pôde falar e teve que se retirar do maior encontro brasileiro
de saúde que está acontecendo em Fortaleza. Isso é reflexo das suas posturas
políticas: primeiro, de ser defensor do golpe; segundo, de estar implementando,
Ver. Cecchim, medidas antissociais que cortam direitos dos trabalhadores e,
nesse caso, direitos à saúde. É isso que está em discussão, é isso que está em
análise na conjuntura brasileira. A imprensa está toda divulgando esse vexame
por que passou hoje o Osmar Terra, Ministro interino do golpe da Saúde, lá em
Fortaleza. Ontem, em Paris, o Ministro das Relações Exteriores José Serra
recebeu a maior vaia da sua vida, maior do que qualquer Ministro já tenha
recebido; lá na Capital francesa, em Paris. Uma reação popular que já
ultrapassou as fronteiras do território brasileiro; é uma discussão, uma luta mundial.
Eu
venho aqui com a tranquilidade do debate representando o meu partido e, para
concluir, Ver.ª Sofia Cavedon, quero convidar todos e todas para, amanhã à
tarde, às 16h, junto com a Presidenta Dilma, eleita por 54 milhões de votos,
estarem no auditório Dante Barone para o lançamento do livro, escrito por
várias cientistas e escritoras das universidade brasileiras, “Mulher, a
História e os Atos do Golpe na Democracia Brasileira”. Será amanhã, às 16h, no
Dante Barone. Depois, às 18h, com milhares de pessoas, na Esquina Democrática,
haverá mais um grande ato de resistência a essa política implantada pelo
Governo, atual Governo interino, comandado pelo PMDB e Michel Temer,
propulsores do golpe e da luta contra a democracia brasileira. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; Ver. Tarciso, eu queria
fazer uma pergunta ao nobre colega e aos demais colegas: entre ficar em meio a
ladrões e ficar com alguém que vota para derrubar os ladrões, com quem o senhor
ficaria? Essa é a pergunta que o Ver. Comassetto faz. O Presidente Lula se
arrependeu de botar a Dilma de Presidente, e, hoje de tarde, vejo o Ver.
Comassetto saindo do lado da Dilma. O senhor virou contra o Lula agora?! Até o
Ver. Comassetto abandonou o Lula! Começou a puxar o saco da Dilma. Eu não estou
entendendo o Ver. Comassetto; sinceramente, não estou entendendo. Alguma coisa
está errada. O Governo Temer está há 15 dias no poder, e ele vem aqui reclamar
do desmonte do SUS. Ver. Comassetto, ou o senhor perdeu a vergonha, ou o senhor
está de má-fé, ou não anda lendo o Orçamento do Município. A Secretaria da
Fazenda esteve, anteontem, na nossa comissão, com números claros. O Governo Federal
está mandando R$ 2 milhões, por mês, a menos, há vários anos! E também no ano
passado e também neste ano. Dois milhões a menos só para Porto Alegre, R$ 24
milhões por ano! E o senhor vem falar em desmonte do SUS? Quem desmontou o
Brasil foi o seu partido, o PT; o PT, que tem todos os tesoureiros e
ex-tesoureiros presos! O PT, que está com o ex-Presidente Lula em depressão,
com medo de ir pra Papuda junto com o Zé Dirceu, porque eu acho que ele vai
apanhar do Zé Dirceu por ser burro, ou muito esperto. É isso que está
acontecendo com o PT. Eles estão com medo de se reencontrar na cadeia. Eles
dedaram um ao outro, porque um roubou mais do que o outro. Eles estão fazendo
esse tipo de disputa: quem é que pegou mais.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Também! Abraçados com vocês! Os ladrões do meu partido estão abraçados com o
PT. Ou a senhora se esquece de que o Lula baixou nos jardins do Maluf lá em São
Paulo? A senhora se esqueceu disso? A senhora devia ter vergonha de reclamar,
porque vocês se abraçaram nos ladrões o tempo todo, e até no Cunha! Se o Cunha
fizesse acordo com vocês, vocês estariam bem e tentaram fazer isso. Tentaram
fazer isso e não conseguiram. Agora, vir aqui convocar para caminhar na rua...
Eu acho que isso é um direito que vocês têm, mas cuidado, muito cuidado, porque
os lulistas que estão arrependidos de ter botado a Dilma podem reclamar da
passeata. Eu já não sei mais como é que vai ser. O Lula arrependido de ter
colocado a Dilma, e a Dilma está sendo abandonada pelo Lula. Se algum lulista
estava pensando em reverter, já parou! Mas para um pouquinho! Se o meu chefe
está arrependido, por que eu vou botar a cara a tapa? Por quê?
Também quero dizer para o Ver. Comassetto que,
realmente, passou as fronteiras do Brasil, mas o que passou mesmo a fronteira
do Brasil foi o dinheiro brasileiro que foi dado para a Venezuela. E a
Venezuela está do jeito que está. O senhor tem coragem de defender a Venezuela
aqui, Ver. Comassetto? Eu duvido o senhor vir aqui defender a Venezuela. Não a
Venezuela, porque quem a defende é o povo, mas o seu títere de lá, que é o
Maduro, eu duvido o senhor vir aqui defender. Eu duvido! Eu duvido o senhor vir
aqui defender o cocalero do Evo
Morales, porque o Lula entregou uma refinaria para a Bolívia de graça. Não confunda a democracia brasileira com
a turma da Papuda! A democracia brasileira não é a turma que está presa na
Papuda; é outra! A democracia brasileira é quando os brasileiros vão, durante o
fim de semana, para as ruas. Nós fazemos manifestações nos domingos e nos
sábados – os coxinhas. E V. Exa. faz manifestação durante a semana, em horário
de expediente. Essa é a nossa...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às
15h16min): Havendo
quórum, passamos à
Apregoo
a Emenda nº 03, de autoria da Ver.ª Any Ortiz, ao PLL nº 049/12.
Apregoo
a Emenda nº 04, de autoria da Ver.ª Any Ortiz, ao PLL nº 049/12.
Apregoo
a Emenda nº 05, de autoria dos Vers. Waldir Canal e José Freitas, ao PLL nº
049/12.
Em votação o Requerimento de autoria da
Ver.ª Any Ortiz, solicitando dispensa do envio das Emendas nº 03 e nº 04 ao PLL
nº 049/12 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Mendes Ribeiro, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 05 ao PLL nº
049/12 à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inclusão do
PELO nº 006/13 na priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da
ordem da priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar à
votação da Moção de Repúdio nº 036/16. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação os Requerimentos de autoria
dos Vers. Clàudio Janta e Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADOS.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da
ordem da priorização de votação, para que possamos, logo após a discussão e
votação do PELO nº 006/13 e a votação da Moção de Repúdio nº 036/16, passar à
discussão e votação do PLL nº 220/14. Após retornaremos à ordem normal.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo):
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. MARCELO SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da
ordem da priorização de votação, para que possamos, logo após a discussão e
votação do PELO nº 006/13, a votação da Moção de Repúdio nº 036/16 e a
discussão e votação do PLL nº 220/14, passar à discussão e votação do PLCL nº
017/14. Após retornaremos à ordem normal.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo):
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. João Carlos Nedel.
(encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2298/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 265/13,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que inclui art. 8º-A e altera o art. 7º
da Lei nº 10.260, de 28 de setembro de 2007, alterada pela Lei nº 10.823, de 21
de janeiro de 2010, obrigando a destinação de, no mínimo, 5% (cinco por cento)
da área destinada a automóveis, em estacionamentos temporários remunerados,
para a implementação de estacionamentos de bicicletas e estendendo à construção
e à manutenção destes a aplicação da renda auferida. Com Emendas nºs 01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela rejeição do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto
(empatado);
-
da CECE. Relator Ver. Dinho do Grêmio: pela rejeição do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Alberto Kopittke: pela aprovação do Projeto
(empatado).
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 07-10-15.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo):
Em votação o PLL nº 265/13. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas; nós já
fizemos a discussão na semana passada, e cabem apenas encaminhamentos de
votação em relação a este projeto, que tem e teve uma ampla repercussão. Acho
que é bom informar que existem muitas formas de participação hoje na vida
política, e uma delas é a participação direta através das redes sociais. Uma
iniciativa chamada “Rede Minha Porto Alegre” colocou no ar uma forma de
participação direta com o nome “Panela de Pressão”. Convido os Vereadores e as
Vereadoras, o Ver. Nedel, a entenderem o que significa. Trata-se de uma
iniciativa
que permite à população participar e opinar sobre a tramitação de projetos de
lei e de outras iniciativas. Qualquer um de nós, Vereadores e Vereadoras,
podemos protocolar, pedir que seja apoiado e faça com que o projeto seja
divulgado. Faço aqui o convite para os demais Vereadores também colocarem nessa
plataforma de participação seus projetos, para entender o quanto a população
concorda com ele. Não é como se disse aqui em outro momento: alguém ligado ao
meu mandato que fica disparando e-mails
para as caixas dos demais Vereadores. Trata-se de uma ferramenta de
participação popular para qualquer Vereador. Se vocês olharem lá os históricos,
existem Vereadores de inúmeros partidos que têm feito isso no Rio de Janeiro,
em São Paulo e em Porto Alegre. Fica aqui o convite para utilizarmos essa
ferramenta, que não deixa de ser uma forma de medição da legitimidade que o
assunto tem na sociedade. Pois bem, nós estamos aqui tentando retomar a escala
humana da Cidade. É mais um projeto que tenta fazer com que essa discussão
sobre o uso do espaço público seja feita; e, nesse caso específico, estamos
apenas retirando 5% da Área Azul destinada ao estacionamento de veículos
automotores para um espaço onde se possa estacionar, colocar as bicicletas.
Então, a emenda do Vereador ainda não foi destacada, mas o Ver. Ferronato aqui
fez uma proposta de redução para 3% e não 5%. Não teria problema nenhum, Ver.
Ferronato, em votar a favor da emenda; desde que o projeto tivesse aceitação da
base do Governo, nós poderíamos aprovar o projeto. Mas eu não vejo isso,
percebo que o Governo está decidido em votar contrariamente, e, se decide votar
contrariamente, tem ampla maioria, não há sentido nós diminuirmos de 5% para
3%. A mesma coisa em relação aos recursos. Nós aqui fizemos uma previsão de que
para instalação e manutenção desses espaços, desses bicicletários, ou para
ciclos, 20% do que é arrecadado na Área Azul seria destinado a esta finalidade.
A emenda do Ver. Ferronato fala em 10%, reduz pela metade. Também não vejo
problema nenhum, acho que Porto Alegre tem que testar – seria um teste, uma
iniciativa. Poderíamos votar a favor. Vou pedir aos colegas, companheiros da oposição,
para votarmos contra a emenda, porque percebo que o Governo votará contra o
projeto. Então, Ver.ª Sofia, não há sentido nós aprovarmos a emenda se o
projeto será rejeitado, não faz sentido nenhum. Mas o Ver. Ferronato tentou
contribuir, e quero fazer aqui um elogio à sua forma de atuação, que percebe um
projeto positivo para a Cidade. Talvez tenha entendido que seria demasiado 5%,
portanto reduz para 3%; achou demasiado 20% e reduz para 10%. Não veria problema nenhum, desde que o
projeto fosse aprovado. Eu acho que nós precisamos, Porto Alegre carece disso.
Nós vivemos numa Cidade que, a pretexto da Copa, foi rodoviarizada ainda mais.
Criou-se essa falsa ilusão, de que é possível cada pessoa se deslocar pela
Cidade com o seu automóvel individual sem congestionamentos, tendo um lugar
para depositá-lo na Cidade, e isso é um problema do Poder Público e da
sociedade como um todo. Não é assim. Nós precisamos seguir a linha do que as
cidades mais democráticas já fizeram: rediscutiram seus espaços públicos, a via
pública e também o lugar, onde aquele bem pessoal fica depositado durante
algumas horas. No caso da Área Azul, já é uma democratização, porque é só por
duas horas, mas não deixam de ser duas horas em que uma pessoa privatiza, de
uma certa forma, aquele espaço que é espaço de todos.
Então,
peço sensibilidade, acho que, se os Vereadores da base do Governo puderem fazer
essa flexibilidade e, depois, discutirmos, talvez...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. MARCELO SGARBOSSA: ...Para
concluir, Sr. Presidente, eu acho que, se o Governo não acumulou uma opinião
decisiva sobre o tema, é um convite para que nós o aprovemos e, depois, se o
Prefeito entender que não é possível mesmo, que o vete. E aí teremos um pouco
mais de tempo, e o Governo terá olhado, com mais centralidade, um projeto tão
importante para a Cidade. Em relação aos contratos que já estão em vigor com a
empresa que faz esse gerenciamento, logicamente, estamos falando de um ato
jurídico perfeito. Então, não mexeria no que já está contratualizado, mas todo
contrato permite uma recontratualização. Portanto, é possível, sim, mudar.
Então, me parece que este argumento, que eu ouvi pelo plenário, não tem sentido
a ponto de rejeitar o projeto. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O
Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
265/13.
O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, vou repetir aquilo que falei
na segunda-feira. Tudo ou quase tudo que se pensa na Cidade, em termos de
circulação de pessoas, nós pensamos no automóvel, na caminhonete, no ônibus, no
lotação – nós pensamos nos veículos automotores. E a proposta do Ver. Sgarbossa diz que, no espaço reservado
para veículos automotores, o nosso automóvel, se reserve 5% para estacionamento
de bicicletas. Eu vou repetir: a ideia é boa, a proposta é boa. Nós precisamos,
nas cidades, ousar. Não dá mais para pensar em cidades com 1,5 milhão de
habitantes sem pensar em meios alternativos de transporte – e a bicicleta
talvez seja o mais emblemático. A proposta expressa reservar 5%; a minha emenda
diz: vamos reservar 3%; se 5% é demais, deixamos 3%. E mais: a lei não é uma
cláusula pétrea que nós apresentamos e que não se muda mais. A lei não é
imutável; tu apresentas hoje, Ver. Marcelo, e, se não deu, pode se apresentar
uma nova lei amanhã modificando a que está em vigor.
Portanto,
vou registrar aqui e pedir que votem favoravelmente à emenda, que é uma
proposta intermediária entre o zero, que está hoje, e os 5%. Não venham me dizer
que é inconstitucional, porque não é. Não é!
(Aparte
antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR. AIRTO FERRONATO: Eu não preciso ler, eu sei. A
Constituição, eu sei. Qual é o artigo que vai me dizer que a Prefeitura, que o
Município de Porto Alegre, Ver. Maroni, não tem a possibilidade sequer de
definir um espaço pequeníssimo para estacionar bicicleta? Nós precisamos ouvir
os maiorais Deputados Federais e Senadores de Brasília! Não posso acreditar que
Deputados Federais e Senadores de Brasília reservaram para si a ideia de
legislar sobre um pequeno espaço para estacionamento de bicicleta nas cidades
brasileiras. É a primeira parte da proposta: a Emenda nº 01.
A
Emenda nº 02, e apresentei duas emendas exatamente por isto: se 20%, é alto
demais, reservamos 10%. Acredito que, com isso, nós estaríamos ousando na
Câmara Municipal de Porto Alegre, buscando uma tentativa a mais de
intensificar, incentivar o uso da bicicleta no Município de Porto Alegre. Se o
ciclista pega a bicicleta em qualquer parte da Cidade e vai ao Centro, se ele
souber que tem um espaço reservado e pago para o estacionamento da sua
bicicleta, eu acredito que isso incentiva o uso desse meio de transporte para a
Cidade.
Portanto
vamos de novo: sei que há uma divisão, uns favoráveis, outros contrários ao
projeto, mas eu acredito que poderíamos votar todos favoravelmente à minha
emenda, que modifica um pouco o percentual, mas garante a proposta. Um abraço.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas. Eu quero
discutir o Projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa em meu nome e em nome do Ver.
Prof. Alex. Nós apoiamos a ideia original dialogando, evidentemente, com os
outros Vereadores. Nós estamos analisando as emendas que foram apresentadas
pelo Ver. Airto Ferronato, mas achamos que é fundamental o projeto ser aprovado
na tarde de hoje, Ver. Marcelo, para que a gente possa, efetivamente, avançar
na concepção da bicicleta como meio de transporte na nossa Cidade, criando os
mecanismos necessários para que, de fato, as pessoas assim possam utilizar as
bicicletas, e onde estacionar, evidentemente, é um problema, uma necessidade de
qualquer veículo.
Eu
conversava agora com a Maristela Maffei, ex-Vereadora desta Casa, sobre o nosso
projeto de racks nos ônibus, porque,
para nós, é evidente que é preciso integrar todos os modais de transporte, para
que a pessoa possa fazer uma parte da viagem de ônibus, outra parte de
bicicleta, outra parte de barco – tomara, batalhemos para que seja uma
realidade –, utilizando o Guaíba e, ao mesmo tempo, utilizando meios de
transporte menos poluentes, cada vez mais necessários em tempos de aquecimento
global e em tempos de uma lógica de depredação do nosso meio ambiente.
Nesse
sentido, a ex-Vereadora Maristela Maffei apresentou uma emenda quanto aos racks; eu e o então Vereador Pedro Ruas
temos um projeto de lei que queremos priorizar para que seja votado aqui na
Câmara de Vereadores neste mês de junho. A busca por uma mobilidade urbana que
inclua e que garanta o desenvolvimento dos meios de transporte não poluentes...
Na verdade, são alternativos, porque, lamentavelmente, as cidades são
construídas numa lógica carrocêntrica, e cada vez que se tenta intervir nessa
lógica nós temos, sim, muita resistência. Embora nós tenhamos um Plano Diretor
Cicloviário, o plano praticamente não sai do lugar; o plano não garantiu a
destinação de 20% dos recursos das multas para ciclovias, ciclofaixas e
educação para o trânsito, diante de um projeto do Governo Municipal de revogar
a obrigatoriedade da aplicação desses 20%.
Então
é preciso avançar em todos os aspectos: na execução do Plano Diretor
Cicloviário; na garantia de vagas, e por isso é fundamental reservar 5% dos
espaços para as bicicletas; na integração dos exemplos dos racks, como eu exemplifiquei com o nosso projeto. É preciso pensar
globalmente e agir localmente. O projeto, que vem nesse sentido, é meritório e
tem o nosso apoio. Nós estamos analisando as emendas, mas gostaríamos que um
projeto dessa magnitude pudesse, obviamente, ser aprovado na tarde de hoje pela
Câmara de Vereadores.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Boa tarde, Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. Ver. Sgarbossa, eu quero me
dirigir a V. Exa. já que V. Exa. falou em forma de atuação dos Vereadores. Eu
quero dialogar com V. Exa., porque vários dos seus projetos contêm vício de
iniciativa, são inconstitucionais e V. Exa. insiste em encaminhar, em discutir,
em votar. E V. Exa. é um Vereador extremamente inteligente, pelo que o
cumprimento, mas fica insistindo com esses detalhes que fazem perder o nosso
tempo aqui, porque V. Exa. sabe que é inconstitucional, sabe que tem vício de
iniciativa, mas insiste em fazer com que a Câmara gaste, invista o seu tempo em
projetos que vão dar em nada. Também V. Exa. falou que está usando um site chamado Panela de Pressão que busca
fazer pressão, o que, no meu entendimento dá o efeito contrário, porque são
200, 300 e-mails que todos seus
colegas recebem, enchem a sua caixa e não tem nenhum argumento que dê uma
explicação de que não tem vício de iniciativa, que diga que esse projeto não é
inconstitucional por isso, isso ou isso. Não! São todos a mesma coisa, a mesma
lenga-lenga, que dá, no meu entendimento, efeito contrário! Eu não quero
responder um a um para não atrapalhar, sinceramente. Eu não sei se é ética essa
sua forma de atuação pedindo que os seus apoiadores remetam como pressão para
os Vereadores sem nenhum argumento técnico. Votem, porque é bom!
Encerrando o parêntese que fiz diretamente a V.
Exa., com toda a educação, com todo o respeito que tenho por V. Exa., dizer
que, efetivamente, o Ver.
Waldir Canal declarou na CCJ que o projeto tem óbice; o Ver. Idenir Cecchim
aprovou por unanimidade, na CEFOR, pela rejeição do projeto; o Ver. Clàudio
Janta, no seu projeto, que deu pela aprovação, terminou empatado, ou seja, não
valeu o parecer, porque foi empate; o Ver. Dinho do Grêmio deu pela rejeição do
seu projeto; o Ver. Alberto Kopittke pela aprovação, que também terminou
empatado, ou seja, não foi válido. Os três pareceres válidos foram pela
rejeição, e V. Exa. insiste que se vote. Acho que, no meu entendimento, nós
temos parecer também da consultoria jurídica da EPTC, que fala claramente que
quem trata do trânsito em Porto Alegre é o Poder Executivo, ou a Lei Federal,
que também trata do trânsito, e que a Câmara de Vereadores não tem competência
para isso. Portanto, encaminho pela rejeição do seu projeto.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, o projeto do Ver. Marcelo têm Vereadores que deram parecer em duas
Comissões, até, o tempo que ele está aqui na Casa. Vereadores tiveram tempo de
dar parecer em duas Comissões. E o parecer que o Ver. Carlos Nedel fala, da
EPTC, começa dizendo que o art. 22 da Constituição, compete à União legislar
sobre o trânsito e o transporte; depois ele fala, no seu art. 24, que compete
aos órgãos e entidades do Executivo legislar sobre as vias públicas. E o
Executivo tem feito isso muito bem privatizando as vias públicas de Porto
Alegre. E aí o argumento final da EPTC diz que não tem, Ver. Marcelo, como
cobrar dos ciclistas porque não tem onde botar o tíquete na bicicleta. Estava
lendo; depois que li, dei o parecer favorável ao seu projeto, na CUTHAB. O
argumento final da EPTC é um só, que ela não tem onde botar o tíquete na
bicicleta. Onde bota o tíquete na moto? Não cobra de moto? Bicicleta e moto,
uma tem motor, outra não tem motor, os dois têm duas rodas. Então, tem que
cobrar.
O seu projeto é simples, vamos parar aqui com
demagogia e hipocrisia. Essa Cidade não pode ser hipócrita, e essa cidade está
sendo hipócrita. Quando fala em ciclovias – e agora queria que o Ver. Carlos
Nedel me ouvisse, fez uma defesa contrária ferrenha –, pega a ciclovia da
Vasco, e a pessoa chega até o Centro de Porto Alegre, uma ciclovia construída
pelo Município. Aí falo da hipocrisia, aí o cidadão chega no Centro de Porto
Alegre. Muito bem. Estaciona onde a bicicleta?! O projeto do Vereador permite,
como permite que tenha estacionamento de moto no Centro de Porto Alegre, que
tenha o estacionamento de bicicleta. É isso. Vamos nos desarmar, vamos tirar o
ranço, vamos deixar ter o estacionamento de bicicleta no Centro ou então vamos
ter coragem e deixar a hipocrisia de lado e acabar com a ciclovia da Vasco, da
Cristóvão, que levam as pessoas até o Centro, e as pessoas irão de ônibus, de
táxi, de lotação até o Centro e vão parar de ir de bicicleta até o Centro
porque a calçada é para as pessoas andarem. Já tem contêiner nas calçadas,
calçadas é para andar. Então, tem que ter estacionamento de bicicleta no Centro
de Porto Alegre, não na frente das lojas, não na frente dos estabelecimentos e,
principalmente, nas calçadas estreitas do Centro de Porto Alegre. Então não
vejo óbice nenhum ao projeto do Ver. Marcelo Sgarbossa, porque o argumento
final da EPTC é: onde as pessoas irão colocar os tíquetes? E o projeto do
Vereador é claro: um estacionamento igual ao das motos. Então, também acaba com
estacionamento de motos! É simples. Onde se coloca o tíquete da moto? Então, eu
acho que não leram bem o projeto. Eu acho que a hipocrisia em que acabar.
Fecha-se a ciclovia da Cristóvão, a da João Pessoa, a da Vasco, e as pessoas
não vão mais ao Centro de Porto Alegre de bicicleta – exemplificando o Centro
–, porque bicicleta não pode ficar estacionada acorrentada na calçada. Lugar de
bicicleta é estacionada onde tem que estar estacionada e destinada, conforme a
emenda do Ver. Airto Ferronato ou o próprio projeto, que foi discutido. Não
vamos discutir questão de voto aqui, sabemos como é que funciona, não é? O
Governo determina como a sua bancada vota aqui. Tiveram projetos aqui – tem um
na minha mesa – que foi carimbado “rejeitado” depois que o voto dos Vereadores
foram mudados, vários Vereadores aprovaram em Comissão e depois o voto foi
mudado para “contrário”.
Então, nós encaminhamos pela aprovação deste
projeto, para o bem da Cidade de Porto Alegre, para circulação e mobilidade da
Cidade. Deixemos, então, de sermos hipócritas e acabemos com a hipocrisia de
levar as pessoas de bicicleta.
Vereador, faltaram dois votos na CEFOR; não foi
por unanimidade, como disseste, tem dois Vereadores que não assinaram na CEFOR.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr.
Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, venho aqui, em nome dos partidos
da nossa bancada, encaminhar pela aprovação do projeto. Temos algumas análises
muito simples para dialogar com a sociedade que assiste. Este não é
simplesmente um projeto que pretende ter uma ação de burocratizar os espaços existentes
hoje; pelo contrário, ele é um projeto que vem tratar e auxiliar no tema da
mobilidade urbana. Vejam bem: nós aprovamos aqui nesta Casa o Plano Diretor
Cicloviário da cidade de Porto Alegre. O Plano Diretor Cicloviário da cidade de
Porto Alegre prevê 495 quilômetros. Até o momento, nos seis anos de sua
existência, foram construídos 50 quilômetros de ciclovias, mas nós queremos
atingir a totalidade. É óbvio que isso tem custo, é óbvio que isso precisa de
recursos públicos. Se for nessa média de se construir 50 quilômetros a cada
seis anos, o que dá uma média de 10 quilômetros por ano, os 450 quilômetros que
faltam levará 45 anos para serem construídos. Isso está fora de cogitação.
Portanto, a proposta trazida aqui – contra-argumentando com o meu colega João
Carlos Nedel – é uma proposta inteligente. Tem que qualificar a cobrança dos
recursos da Área Azul, que está abandonada na cidade de Porto Alegre, e 20%
desta arrecadação deve ser destinada, junto com os outros recursos já
existentes, que vêm de contrapartidas ou mesmo recursos da Fazenda, para
incrementar e implementar as ciclovias na cidade de Porto Alegre.
E não é só das ciclovias que nós precisamos. A
ciclovia é um item, ela está conjugadas com o sistema de mobilidade urbana. Nós
também aprovamos no Plano Diretor, Marcelo, um estudo para as motovias, porque
grande parte dos acidentes de moto... Isso já é lei, mas não é implementado
pelo Executivo. Peguem uma Av. Bento Gonçalves, ou uma Av. Ipiranga, onde as
motos ficam transitando de um lado para outro, e vejam os acidentes que
acontecem.
Ali eu estou vendo os representantes da cultura
gaúcha: no nosso Plano Diretor, nós aprovamos também as hipovias na Zona Sul,
na Zona Rural, locais para andar a cavalo. Qual é o problema de usar os
acostamentos para isso e ter algo que é da cultura seguro?
Esse é um projeto simples, que propõe uma medida
de inteligência na conjuntura local, para que o Prefeito possa fazer uso desse
instrumento. Quem quiser ir de bicicleta para o Centro, onde vai deixar a
bicicleta? As ciclovias estão sendo desenhadas, mas não tem estacionamento para
as bicicletas, e temos que ter estacionamentos seguros. Ficou faltando, no
nosso Plano Diretor, esse item do estacionamento. Está sendo proposta agora a
inclusão desse item no Plano Diretor, Ver.ª Lourdes, é uma medida que traz um ajuste do
projeto que aqui aprovamos. Se você, ou qualquer um de nós, quiser ir de
bicicleta aqui da Câmara até o Centro, onde pode deixar a bicicleta? Tem que
ter um bicicletário com os equipamentos adequados, onde se possa colocar o
cadeado. Até é verdade, foram construídos alguns bicicletários em torno do
Mercado Público e outros lugares, mas são insuficientes. Se há uma rede de 450
quilômetros na Cidade, nos 50 quilômetros existentes, em diversos locais, principalmente
naquilo que nós chamamos de centralidade urbana, ou seja, nos centros de
bairros ou próximos aos parques, que tenha locais destinados para que as
bicicletas possam ter uma guarda segura. Esse não é e não pode ser um projeto
tratado com uma lógica de situação ou oposição, Ver. Márcio Bins Ely, esse é um
projeto da Cidade, e, sendo um projeto da Cidade, o Prefeito tem condições de
analisar e poder discutir se veta algum ponto ou não, e voltará a esta Casa
para reanalisarmos. Por isso pedimos a sua aprovação. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, recebemos muitos e muitos e-mails
referentes a este projeto de lei, e respondemos que quem tivesse interesse,
viesse conversar conosco, no gabinete, porque ele não passou pela Comissão que
presidimos este ano, que é a COSMAM. Eu acho que a natureza faz parte do meio
ambiente, claro, e também gostaríamos de ter discutido melhor na nossa
Comissão. Então eu vou ponderar algumas coisas, já que estamos tratando da
Semana Mundial do Meio Ambiente, quando tanto se fala na defesa do meio
ambiente: eu tenho observado que, durante a semana, as pistas de ciclismo não
têm sido usadas como deveriam nos espaços que já estão construídas, numa cidade
que não foi planejada e tem se que adequar para essa nova era do ciclismo.
Realmente, concordo com o Janta, não é para colocar contêiner nas pistas, como
também não é para deixar casinhas de lona para morador de rua. Elas têm que
ficar desobstruídas, porque, se foram feitas para os ciclistas, devem ser
utilizadas. E uma observação que faço é que, mesmo com essa pista, ontem à
noite, em direção à Zona Sul, vários ciclistas estavam na pista central, com
movimento considerado. Então, nesse compartilhamento de uso também deve ser
considerado o trânsito usual e o seu espaço já construído. Veja também que, por
não ter passado pela nossa Comissão de Saúde e Meio Ambiente, essas
alterações... Eu quero aproveitar para falar que nós temos que ter, no nosso
planeta, cuidados para adoção de boas práticas ambientais, como a conservação
do solo, o uso racional de recursos hídricos, a coleta seletiva com a
destinação adequada dos resíduos sólidos, adotarmos energias mais limpas;
deveríamos valorizar os serviços ambientais prestados pela Amazônia, e, mais
perto de nós, aqui em Porto Alegre, pela reserva biológica do Lami, a
Lutzenberger, o Morro do Osso, o Parque Natural Saint’Hilaire, que foi passado para o Município de Viamão,
considerando que a importância do meio ambiente para Porto Alegre, e, nos
últimos anos, também há esse conceito de desenvolvimento sustentável, tanto que
está aqui, na defesa das bicicletas, o uso de menos automóveis.
Vou
ler aqui os objetivos do desenvolvimento sustentável propostos pela Organização
Mundial de Saúde até 2030, que apontam 17 metas específicas referentes aos
eixos de sustentabilidade – se der tempo, eu vou ler todos –, onde está
incluída essa defesa do ciclismo. São elas: acabar com a pobreza em todas as
suas formas, acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a
nutrição, assegurar uma vida saudável e promover bem estar para todos em todas
as idades, garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade, alcançar
igualdade de gênero, garantir disponibilidade de manejo sustentável, água e
saneamento para todos, garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável
e moderna para todos, promover o crescimento, e assim vai. São 17 indicações, e
nós queremos que sejam relidas e que realmente pratiquemos a defesa do meio
ambiente não só nesta semana, não só em discursos. Já temos algum avanço em
Porto Alegre com relação a essas vias para o ciclismo, o que é saudável, mas a
nossa bancada vai votar contra. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 265/13, pelo Governo.
O
SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, primeiro, Ver. Cecchim, quero dizer que é preciso ter muita fibra;
fibra vegetal, não é nem fibra animal, porque tem que ter muita cara de pau.
Tem que fazer a barba e passar Jimo Cupim de manhã, para dizer, para acusar o
PMDB de golpismo e ficar repetindo essa cantilena. O próprio Ministro, indicado
pelo PT para STF, advogado do PT a vida inteira –o senhor quer me cercear, Ver.
Adeli – , disse que é para parar com essa retórica de golpe. E o pessoal
continua insistindo, mas o povo não é burro, o povo não é bobo.
Sr. Presidente, quero falar sobre o PLL
nº 265/13 em nome do Governo e dizer que não é uma questão, de novo, de querer
mudar as coisas de posição e dizer que é uma questão de Governo e oposição. Não
é questão de ser Governo ou ser oposição, é questão de ser legal ou ilegal. É
questão de legalidade, portanto. Se nós, Vereadores, fomos eleitos, temos a
obrigação ética, inclusive, para com quem nos elegeu, de saber quais são os limites
da nossa competência e da nossa capacidade legislativa. O que o Vereador está
propondo, caros Vereadores, extrapola a capacidade legislativa. A Constituição
Federal, no art. 22, é clara, determina que estas questões são de competência
privativa do Executivo, da União. O art. 22 da Constituição Federal...
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Sofia Cavedon.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Exatamente, não vão ao sapateiro além da
chinela – contarei essa história para senhora. Na antiga Grécia, um pintor
estava fazendo um quadro e um cidadão olhou aquele quadro e começou a fazer
observações de que tinha erros na sandália. E aí o pintor olhou a sandália e
disse: “Por que o senhor está falando isso?” “Porque eu sou sapateiro e conheço
a sandália.” Aí ele foi lá e corrigiu a sandália. E o sapateiro disse: “Mas
também tem um erro aqui na paisagem.” O pintor olhou para ele e disse: “Mas o
senhor não é sapateiro?” “Sim, sou.” “Então, o senhor cuide da chinela, não
suba além das sandálias, sapateiro”. Lembrou-me o Ver. Dr. Thiago muito bem: Ne sutor, ultra crepidam.
Então,
eu quero ler o que diz o art. 22 e, logo em seguida, remetendo para o Código
Brasileiro de Trânsito. Ele diz que os Estados e as Unidades Federativas,
compreendendo aí os Municípios, têm capacidade desde que haja convênio, mas
essa capacidade é privativa do Executivo! Portanto, Vereador não pode legislar
sobre isso. De novo, é um afronta à Constituição Federal, é material de
inconstitucionalidade. A lei que está sendo discutida aqui é inconstitucional,
invade a competência legislativa privativa da União, porque compete
privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte, diz no inciso XI.
O art. 24 do Código Brasileiro de Trânsito diz que compete aos órgãos e
entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição, planejar,
projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de
animais. Mas isso compete aos órgãos e às entidades executivos. Não sei se os
Vereadores sabem, mas aqui não é o Executivo, aqui é o Parlamento, portanto não
podemos fazer isso.
Há uma outra questão também de Direito Civil,
que está abaixo do Direito Constitucional, mas também importante. Isso é uma
questão de ato jurídico perfeito e de direito privado! O Município licitou com
uma empresa, em um certame que é público, num processo licitatório, a
exploração do serviço de parquímetros na Cidade; faz um contrato, e nesse
contrato estão estabelecidos, como nós quando contratamos com alguém, as
condições, o tempo desse contrato, a forma que vai ser executado. O Poder
Legislativo não pode chegar no meio desse contrato e colocar lá uma cunha. Eu
estou mexendo num contrato que eu não tenho capacidade, não tenho poder, não
tenho legitimidade e nem legalidade para fazer...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: ...Por melhores
que sejam as intenções, não é competência do Vereador trabalhar nessa questão.
Está falando aqui alguém que fala com muita tranquilidade, porque, quando o Ver. Comassetto diz que
votaram o Plano Diretor Cicloviário, eu era o Líder do Governo e quero lembrar
que o PT votou contrariamente – contrariamente! – ao Plano Diretor Cicloviário!
Fomos nós que fizemos isso! E eu saí da Secretaria Municipal de Urbanismo há
dois meses, e quero dizer com muita honra que nós implantamos inclusive que a
orla da nossa Cidade, nos finais de semana, fosse exclusiva dos pedestres, dos
ciclistas, dos esqueitistas, dos que lá fazem corrida, das famílias que vão
caminhar. Portanto se existem governos que têm pensado nessa questão, são os
nossos governos – os governos do PMDB, do PDT, do PP, do PTB, enfim, dos
partidos que...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr.
Presidente, na pessoa de V. Exa. cumprimento os demais Vereadores, Vereadoras,
público que nos assiste nas galerias, na TVCâmara, senhoras e senhores;
especialmente aqui os representantes do tradicionalismo, que vêm aqui em apoio
à iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol. E eu quero me somar aqui também à
presença de vocês e à iniciativa de lavra do nobre colega, porque entendo
oportuno que se faça um regramento sobre as propagandas de impacto visual na
Cidade, que bem regradas e bem organizadas podem inclusive contribuir com o
mobiliário urbano, gerando emprego, renda e oportunidades.
Eu quero também aqui me manifestar com relação a
esse debate das vagas para bicicletas, e quero dizer, Ver. Sgarbossa, que, só
pelo fato de estarmos enfrentando essa pauta, nós já estamos contribuindo para
o debate a respeito da priorização de políticas públicas no quesito mobilidade
urbana para o modal bicicleta. E quero dizer – e tive a oportunidade de estar à
frente da Secretaria do Planejamento de 2009 a 2012 – que Porto Alegre avançou
significativamente no que diz respeito à implantação de ciclovias na Cidade.
Hoje vemos brotando ciclovias em diferentes situações, algumas não tão bem
estruturadas. Aquela
ciclovia da Restinga, em cima da via do pedestre, talvez tivesse que ser um
pouco melhor planejada, ao mesmo tempo, que vejo, na Av. Ipiranga, uma ciclovia
que seguidamente é utilizada por ciclistas. Esse conceito de estruturação de um
traçado para fins de semana é algo interessante. Acho que na Vasco da Gama, em
vários pontos da Cidade onde percebemos a presença da ciclovia, é inegável – e
contra fatos não há argumentos – que existe uma priorização. E essa pauta da
ciclovia está, hoje, na agenda positiva da Cidade. Infelizmente, é verdade,
algumas vidas se perderam, talvez por uma falta de visão ou por uma falta de
planejamento daqueles que nos antecederam, e talvez tenhamos que voltar 20 ou
30 anos, mas alguns acidentes aconteceram em Porto Alegre, na Região
Metropolitana, envolvendo ciclistas que acabaram por falecer; sem contar
aqueles que não faleceram, mas que se acidentaram e tiveram sequelas graves, a
quem prestamos aqui a nossa solidariedade.
Existem
alguns conceitos que eu acredito que não devam ser desconsiderados neste
debate, Vereador. Primeiro, que Porto Alegre tem 74 quilômetros de orla, e é
muito importante que possamos fazer adequações em determinadas regiões do
território da Cidade, porque, se é verdade que temos 74 quilômetros de orla,
também é verdade que temos 44 morros na Cidade, e ninguém vai estar subindo e
descendo lomba de bicicleta! Ou vocês já viram alguém subir a Rua Lucas de
Oliveira de bicicleta?
Então,
talvez, esse percentual conceitual, Ver. Marcelo Sgarbossa, de 5% possa estar
um pouco mal dimensionado – não sei quem, tecnicamente, fez essa construção. Eu
acho até que a emenda do Ver. Airto Ferronato é boa, porque, se pegarmos cem
vagas de carro, vamos alinhar cem vagas de carro, e se separarmos cinco delas
para botar bicicleta, não vai ter tanta bicicleta na Cidade e não vai ser em
todo o território da Cidade que será necessário esse percentual ser aplicado.
Talvez até fosse o caso de darmos um passo para trás para darmos dois para
frente. Entendeu, Vereador? Que pudéssemos, numa dessas, adiar um pouquinho
este debate e fazer uma construção, porque, talvez, nem os 2% para determinada
região sejam necessários. Mesmo os 2%: se tiverem cem vagas de carro, duas
vagas de bicicleta para determinado lugar, mas para outros será muito. Talvez,
nas imediações do Parque da Redenção tenha que ter mais vagas para bicicleta do
que estamos prevendo na obrigatoriedade do projeto. Então, como meu tempo já está
acabando, Presidente, para concluir, queria trazer à reflexão esta pauta,
porque sou um defensor da bicicleta, eu a acho importante. Nós vemos, aqui no
Cais do Porto, um belo movimento de revitalização que está sendo oportunizado
pelo nosso Governo, de um dos maiores patrimônios culturais edificados de Porto
Alegre, que vai reencontrar a Cidade com o rio numa área nobre que é o Centro
Histórico, uma obra que, em breve, vai estar sendo inaugurada pelo Prefeito
Fortunati. E é importante que as pessoas possam ter, sim, acesso à bicicleta,
mas em determinadas regiões, como o Morro da Cruz, ninguém vai subir de
bicicleta; até pode, mas vai subir empurrando-a.
Está aqui a Bancada do PT e aproveito para fazer
uma homenagem ao ex-Vereador Oliboni, que encontrei, semana passada, em uma
farmácia. Termino dizendo que vamos traçar esse debate, Ver. Comassetto, é um
debate saudável.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para encaminhar a votação do PLL nº 265/13.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, eu não ia falar, mas o discurso está
muito bom aqui. Uns colegas se apegam nas questões de legalidade, outros
justificam: “O nosso Governo, blá-blá-blá.” O problema todo é o seguinte: se
fosse um Governo que agisse, nós teríamos, sim, os estacionamentos, essa é a
verdade. Uns podem dizer: “Ah, o Bernardino é da oposição”. Não, não sou da
oposição, é que tem algumas coisas que me angustiam. Se o Prefeito ou
Vice-Prefeito, ou o Governo dos senhores – que é meu também, quer queira ou não
– houvesse feito alguma coisa nesse sentido, o Vereador autor não teria tido
condições ou necessidade de ter protocolado o projeto, essa é a verdade. Não
adianta implementar vias de ciclismo e não colaborar com os estacionamentos.
Essa é a verdade, Vereador. A questão de atropelar também é verdade, só que é o
seguinte, aí acontecem essas aberrações, vêm projetos que são de difícil
argumentação no sentido da legalidade. E eu concordo com o senhor. Agora, antes
disso, tem a falta de ação do Governo, um Governo que só vive de slogan.
Vou
falar só um minuto mais: primeiro era a Cidade Viva; aí veio a
transversalidade; depois, o GT e, agora, os resilientes. Não! Tem é que
trabalhar, essa é a verdade.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Em votação
nominal a Emenda nº 01 ao PLL nº 265/13. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 14 votos SIM,
09 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação nominal a Emenda nº 02 ao PLL nº 265/13. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 13 votos SIM, 11 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação nominal o PLL nº 265/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 12 votos SIM e 15 NÃO.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO
(Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a retirada do PLL nº 220/14 da priorização
de votação da Ordem do Dia de hoje, e que seja o primeiro na ordem de
priorização de votação da Ordem do Dia de segunda-feira.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação o Requerimento nº 063/16. (Pausa.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, nós combinamos de não
encaminhar em função de já termos feito uma fala em relação a esse assunto.
Apenas gostaríamos que V. Exa. pudesse ler a quem será encaminhada a Moção de
Repúdio, para o conjunto dos Vereadores tomarem conhecimento.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Será encaminhada essa Moção para o Presidente
da Câmara dos Deputados, para o Presidente do Senado Federal, para o Governador
do Estado do Rio de Janeiro, para o Secretário de Estado de Segurança Pública
do Rio de Janeiro e para o Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 063/16 – (Proc. nº 1404/16 – Verª
Sofia Cavedon e outros)
– requer seja encaminhada Moção de Repúdio aos agressores que praticaram
estupro coletivo, à jovem de dezesseis anos, para que sejam exemplarmente
responsabilizados e punidos na medida da barbárie que cometeram.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento nº 063/16.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
2º TURNO
PROC.
Nº 2284/13 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 006/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
altera o § 2º do art. 179 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre,
dispondo sobre o provimento de meios para que as escolas municipais,
progressivamente, funcionem em turno integral.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Márcio
Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Guilherme
Socias Villela: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. João
Derly: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 27-08-14;
-
votação em 1º Turno em 18-05-16.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, em 2º Turno, o PELO
nº 006/13. (Pausa.)
(Após a apuração
nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
O SR. MARCELO SGARBOSSA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLCL nº 017/14 da priorização de votação da Ordem
do Dia de hoje, e que seja o segundo na ordem de priorização de votação da
Ordem do Dia de segunda-feira.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
solicitando renovação de votação do PLL nº 265/13.
PROC.
Nº 0524/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
estabelece procedimentos que visam a incentivar a doação de sangue,
medula óssea, tecidos e órgãos no Município de Porto Alegre e revoga as Leis nos
10.727, de 15 de julho de 2009, e 10.795, de 21 de dezembro de 2009. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto
e da Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Carlos Casartelli: pela aprovação do Projeto e
da Emenda nº 01;
-
da CECE. Relator Ver. Dinho do Grêmio: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 16-03-16;
- votação da Emenda nº 01 nula por falta de quórum
em 09-05-16;
- adiada a votação por uma Sessão em 18-05-16.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº
044/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação o PLL nº 044/14. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1035/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 015/14, de autoria da
Verª Mônica Leal e outros, que altera o inc. II do caput do art. 174 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de
Porto Alegre –, e alterações posteriores, incluindo a apreciação de
matéria que exija maioria absoluta no rol de casos em que a votação será
nominal.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Alberto Kopittke: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relatora Verª Jussara Cony: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 23-03-16.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão, em 1ª Sessão, o PR nº
015/14. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Está encerrada a discussão do PR nº 015/14, em 1ª Sessão.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento):
Sr. Presidente, solicito
a alteração da ordem da priorização de votação, para que possamos,
imediatamente, passar à votação da Indicação nº 022/16. Após retornaremos à
ordem normal.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da
ordem da priorização de votação, para que possamos, logo após a votação da
Indicação nº 022/16, passar à discussão e votação do PLCL nº 015/16. Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação os Requerimentos de autoria
dos Vereadores Tarciso Flecha Negra e Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que os aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND.
Nº 022/16 – (Proc. nº 0959/16 – Verª Sofia Cavedon) – ao Prefeito Municipal de Porto Alegre, Sr. José
Fortunati, sugere que a EPTC não multe os veículos que avançarem o sinal
vermelho, em baixa velocidade, no período noturno, enquanto perdurar a crise da
segurança pública na Capital.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Em votação a Indicação nº 022/16. (Pausa.) A
Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Indicação nº 022/16.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente; nobres Pares, Vereadores e
Vereadoras; esta é uma Indicação apenas, exatamente, porque eu sei que não é
possível fazer uma legislação nesse sentido. E ela nasceu dos debates que nós
estamos fazendo sobre segurança pública nas várias reuniões que nós e cada um
de vocês tem participado. Eu já falei, para os senhores e senhoras, que, lá em
Petrópolis, a comunidade está com o Conselho Comunitário de Segurança, com um diálogo importante com a
Brigada, e um dos temas que apareceu – e que agora, de fato, se efetivou – foi
o das câmeras de vídeo nas sinaleiras. Nós tivemos uma palestra, no lançamento
do Conselho, Vereadores, e o Coronel que deu a palestra disse: “Não parem em
sinaleiras. Tomem multa, mas não parem nas sinaleiras”. Disse que nós estamos
correndo riscos graves, falou que, com o carro parado, o motorista se torna
vulnerável, que os bandidos estão andando pelo trânsito, andando pela Cidade de
olho numa distração, de olho numa oportunidade, e nós, infelizmente, temos tido
assaltos com morte, com tiros, com sequestro. Em função do novo sistema
eletrônico, já diminuiu o furto de carro estacionado, sozinho, mas aumentou o
roubo com o motorista junto, ou chegando, entrando no carro, ou parando o carro
em vias – para pegar ou largar filho na escola, ir ao supermercado, chegar em
casa, telefonar ou parar na sinaleira. Então, os próprios órgãos de segurança –
e quero pedir que façamos um debate para ver qual saída nós temos – recomendam,
como medida cautelar, como medida preventiva, não parar nas sinaleiras. É
possível, toda a vez, se antecipar, reduzir a velocidade e evitar o sinal
vermelho? Nem sempre é possível. Eu sou uma das que já estou, há tempo,
exercitando isso, cuido muito, diminuo, às vezes, dou até ré, quando é muito
escuro e não tem carro atrás, para me manter em movimento e não ficar
vulnerável. Às vezes, pode ser uma sinaleira num lugar em que não tem
cruzamento, uma sinaleira de pedestre, uma sinaleira que não tem nenhum carro
de um lado, que não é de grande via, mas haverá multa, porque serão colocadas
as câmeras de vídeo.
Eu
conversei com o Cappellari, a ideia é que seja adotado um procedimento, não é
uma legislação, e, sim, que a EPTC possa avaliar cada situação. Quando observa
que o motorista passou devagarinho, passou olhando, mas que, na verdade, passou
porque era noite, porque era tarde, para sua defesa, defesa da sua vida, que
ele não seja multado por essa atitude preventiva, que é uma atitude que tem
sido recomendada por quem cuida da nossa segurança. Recomendada, Ver. Airto!
Essa minha ideia não é uma invenção! E pelo que eu sei, a Prefeitura não é
obrigada a colocar câmeras de vídeo, a disposição de câmeras de vídeo nas
sinaleiras é uma disposição definida pela Prefeitura, ninguém a obrigou, ou
seja, a Prefeitura está causando risco, insegurança na população. Claro que ali
nós vamos ver filmagem, mas depois que a pessoa passar pelo que passou e talvez
já esteja morta porque não pôde se defender, porque ficou vulnerável. Então
isso atinge em especial as mulheres, os senhores e as senhoras sabem disso, que
é um público-alvo, considerado mais vulnerável.
Então
é uma Indicação para avaliação dos órgãos técnicos, para a Prefeitura rever a
sua política em relação às sinaleiras e combinar isso com o tema da segurança.
Eu tenho uma Indicação, que nós vamos votar mais adiante, que a EPTC tenha uma
célula no centro de emergência. O nosso Conselho visitou o centro de
emergência, seria muito bacana que a Câmara pudesse fazer uma visita lá. Eu
queria, Presidente, até sugerir, uma vez que V. Exa. tomou iniciativa em
relação à segurança, que nós fôssemos todos visitar o centro de emergências
aqui na Secretaria de Segurança, quero dar essa sugestão, porque a
reivindicação da Brigada Militar é que tenha ali uma célula da EPTC e que tenha
ali uma célula da SAMU e da Guarda para, instantaneamente, tomar atitudes.
Então, a Prefeitura não precisa colocar câmeras de vídeo lá nas sinaleiras,
elas podem compor, devem deslocar pessoas para estar no centro de emergência,
tomar atitudes preventivas e nos ajudar a proteger o cidadão, e não punir e
penalizar.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Elizandro Sabino está com a
palavra para encaminhar a votação da Indicação nº 022/16.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Srs Vereadores; senhores
e senhoras que nos assistem; público que nos acompanha pela TVCâmara, este é um
debate que já tem sido travado nesta Casa, inclusive, pela proposição do Comitê
Permanente de Segurança Metropolitano, que é uma iniciativa do
Presidente, Ver. Cassio Trogildo, e que tem, de forma ampliada, debatido as
questões da segurança – ou insegurança – na nossa Capital e na Região
Metropolitana.
Quando
eu cheguei a esta Casa Legislativa, havia uma discussão, especialmente na
Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, da qual eu fiz parte nos três
primeiros anos, que era justamente a questão do projeto indicativo de lei. O
projeto indicativo de lei havia sido instituído; depois, por um período, não
existia a possibilidade da sua proposição; e, finalmente, o projeto indicativo
de lei foi instituído novamente por esta Casa. Obviamente, o indicativo traz a
esta Casa a possibilidade de debates importantes a respeito de temas também
importantes. Pelo que eu percebo, quando os Vereadores apresentam um projeto
indicativo de lei, eles o fazem de forma consubstanciada em temas atuais, no
entendimento da ilegalidade ou da inconstitucionalidade de um projeto de lei, e
essa foi a sustentação da Ver.ª Sofia aqui na tribuna.
Em
primeiro lugar, quero elogiar a Ver.ª Sofia pela iniciativa e dizer que o
projeto indicativo de lei traz ao debate o que nós estamos vivendo na Cidade.
Eu declaro aqui, Ver.ª Sofia, o meu apoio pessoal ao seu projeto, porque é um
indicativo, e, além disso, ele traz um debate que é permanente na Cidade. Todos
nós andamos à noite e sabemos a insegurança que existe e a preocupação que se
avizinha. Um questionamento, Ver.ª Sofia, que eu lhe faço, porque o projeto não
apresenta essa informação – estou aqui com o projeto em mãos –, é qual seria o
horário noturno. Gostaria de uma previsão do que seria o horário noturno. Penso
que esse detalhamento – horário “x”, horário “y” – seria importante apenas como
indicativo, para que possa então ser um indicativo de lei.
Subo
a esta tribuna para trazer, em meu nome, o nosso apoio, Ver.ª Sofia, à sua
indicação, porque realmente é um debate permanente, e, com certeza, ele também
estará sendo pauta da Comissão e do Comitê Permanente de Segurança
Metropolitano. V. Exa. tem o nosso apoio e o nosso voto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLCL nº 015/16 da priorização de votação da Ordem
do Dia de hoje, e que seja o quarto na ordem de priorização de votação da Ordem
do Dia de segunda-feira.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. APROVADO.
O SR. IDENIR
CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Solicito abertura do painel eletrônico
para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.) (Após
o fechamento do painel eletrônico.) Treze
Vereadores presentes. Não há quórum.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo – às 16h51min): Encerrada a
Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1141/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/16, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
denomina Beco Ariovaldo Ribeiro da Costa o logradouro não cadastrado conhecido
como Beco Um – Rua Mauro Vieira –, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.
PROC.
Nº 1313/16 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/16, que dispõe sobre o Conselho Municipal de
Saúde de Porto Alegre.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2313/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 229/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Ilha das Flores o logradouro não cadastrado conhecido como Rua
Quatro – Ilha das Flores –, localizado no Bairro Arquipélago.
PROC.
Nº 0885/16 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 013/16, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que concede o Diploma
Honra ao Mérito à Associação Negra de Cultura – ANdC –, pela criação e pela
promoção do evento cultural Sopapo Poético – Ponto Negro da Poesia.
PROC.
Nº 0947/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Desembargador Sebastião Adroaldo Pereira o logradouro público
cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Seis, localizado no Bairro Campo
Novo.
PROC.
Nº 0948/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Wanderley Soares o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua Cinco Mil e Três, localizado no Bairro Campo Novo.
PROC.
Nº 1104/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/16, de autoria do Ver. Waldir Canal, que
denomina Rua Danton Krás Borges o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 5109 – Loteamento Portal do Guarujá 2 –, localizado no Bairro Guarujá.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; público que nos assiste nas galerias e pela TV Câmara;
especialmente quero fazer referência ao tesoureiro do Conselho Regional dos
Corretores de Imóveis, que acompanha a nossa tarde de trabalhos, Adir Zoehler,
agradeço a presença.
Eu
venho a esta tribuna, Sr. Presidente, porque, casualmente, hoje esta Casa
aprovou um projeto importante da lavra deste Vereador, que diz respeito a um
projeto de lei que trata de incentivo a doação de órgãos, tecidos, sangue e
medula óssea, na condição de Presidente da Frente Parlamentar que incentiva a
doação de órgãos e sangue. Nós temos aqui, em 1ª Sessão de Pauta, o projeto de
lei complementar do Executivo, que dispõe sobre o Conselho Municipal de Saúde
de Porto Alegre. Como já havia esgotado a discussão desse projeto de lei, ele
entrou direto em votação. Eu queria agradecer aos Vereadores pela
sensibilidade, porque aprovaram esse projeto por unanimidade. Esses dias,
ainda, no grupo dos Vereadores do WhatsApp, a Ver.ª Sofia Cavedon pedia socorro
aos bancos de sangue, pois estavam com baixa de estoque. Além disso, a gente
sabe da relevância, da importância, no contexto da alta complexidade, e da
excelência da prestação de serviço dos hospitais de Porto Alegre que fazem
transplantes.
A Sra. Lourdes Sprenger: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bins, quando li o anúncio, no
WhatsApp dos Vereadores, sobre a falta de sangue nos hemocentros, eu busquei
essa informação, era tarde – e depois repassei à Ver.ª Sofia, que o telefone
também não conferiu –, não estava faltando sangue em nenhum hemocentro, e
nenhum hospital havia feito o pedido de sangue. Então, para explicar que não
teve, na realidade, esse fato.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu acredito, Vereadora, que, na
realidade, existem picos altos e baixos com relação a essa questão do
sangue. Quando estava no quartel, meus 18 anos, o tenente nos enfileirava, e
todos doávamos sangue quando determinado banco de sangue tinha falta de sangue.
Acho que somente podermos priorizar, colocar na agenda positiva de Porto Alegre
que esta Câmara entende que a doação de sangue, a doação de tecidos, órgãos e
medula óssea é algo que deve ser relacionado, ou deve estar lá listado com
itens de relevância e importância para o contexto da construção de políticas
públicas prioritárias na Cidade, já damos aqui um bom exemplo. Eu acho que
assim também contribuímos com o debate a respeito do fomento, incentivando as
pessoas a se prontificarem a serem doadoras. Se esse projeto de lei, de alguma
forma, puder salvar uma vida ou ajudar uma pessoa, que seja, tenho certeza de
que nós logramos êxito com essa iniciativa.
Mas quero aqui também agradecer à ViaVida, que é
uma entidade que tem colaborado sobremaneira com essas questões que dizem
respeito à elaboração de projetos de lei, especialmente do nosso mandato, por
esse compromisso que tenho com essa causa e por presidir a Frente Parlamentar
de Incentivo à Doação de Órgãos e Sangue. É uma entidade que tem, várias vezes,
proposto e sugerido aqui iniciativas para o nosso mandato, que tenho certeza
que vão refletir como boa consequência para os resultados positivos nessa área
de transplantes e doação, um deles foi aprovado hoje. Tenho certeza de que esse
tipo de iniciativa vai ter a compreensão do nosso Governo. Quero poder
organizar, em breve aqui, após o envio da redação final, uma solenidade com o
Prefeito Fortunati para que possamos sancionar essa lei, dando a visibilidade
que merece, através das associações, nós temos a Associação dos Transplantados
de Fígado, Associação dos Transplantados de Rim. Nós temos inclusive uma banda
de rock, Los 3 Plantados – que tem como integrantes Bebeto Alves e a turma que
fizeram transplante de fígado –, a qual têm colaborado e incentivado a grande
mídia, a imprensa. A telenovela tem também colaborado para sensibilizar as
pessoas da importância que representa ser um doador. Então, hoje a nossa Casa
contribui nessa linha e nesse sentido. E saio daqui muito feliz por ter
aprovado essa iniciativa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN:
Sr. Presidente, na última quarta-feira, véspera de feriado, eu protocolei um
projeto de lei que se chama Escola Sem Partido. E, de forma incrível,
impressionante, não sei como, na sexta-feira, no site da Rádio Guaíba, tinha uma jornalista dizendo o seguinte:
“Vereador quer amordaçar professores”. Depois uma matéria, logo abaixo, com uma
opinião do Prof. Carrion, um constitucionalista, dizendo que o projeto era
inconstitucional. O projeto ainda nem tramitou aqui na Casa; tinha acabado de
entrar no protocolo e ninguém havia lido. Então, as pessoas não leram e são
contra. No meu tempo isso era chamado de preconceito. Isso, na verdade, é
fascismo! Esse pessoal enche a boca para acusar os outros de fascista a toda
hora: “porque é fascista, é misógino”. Parece que estão numa sala de espelhos,
Ver. Janta, porque talvez estejam acusando os outros daquilo que eles sejam.
Esse projeto não cerceia a opinião de ninguém, muito antes pelo contrário.
Pergunto, agora, aos pais, às famílias que estão nos assistindo: eu tenho uma
religião – religião é algo sagrado, cada um pode ter a sua ou pode não ter
nenhuma – e gostaria de mandar o meu filho para a escola e o professor, que tem
uma outra religião, começar a tecer comentários a respeito da minha e começar a
doutrinar o meu filho para a religião dele, é possível que haja isso? Nós vamos
dizer aqui, com certeza em coro, unanimemente: não, não é possível! Porque é
preciso respeitar a liberdade de crença que está consagrada na Constituição. Se
a gente acredita nisso para a religião, por que não podemos acreditar nisso
para a política? Se isso vale para a religião, por que não vale para a
política? Por que eu mando o meu filho para uma escola e, de repente, ele que é
hipossuficiente – que está lá para ser formado, tem 12, 13 anos – e o mestre,
com ascendência hierárquica sobre a criança, começa a estabelecer conceitos e
ordens de valor, começa a dizer para os nossos filhos: “Olha, isso aqui é bom,
aquilo não é bom”. Diferente inclusive do que história da humanidade mostra.
Então, esse projeto diz que a obrigação do
mestre, do preceptor é oferecer todas as informações ao aluno. Vejam bem, não é
censura, muito pelo contrário, é ensejar que as crianças, que estão na rede de
ensino, tenham todas as informações, sem juízo de valor das opiniões pessoais
do professor, porque ele não pode fazer isso. Militância política a gente faz é
na sede do partido, militância política a gente faz na casa da gente,
militância política pode fazer até na rua! Mas aproveitar a audiência cativa
dos alunos, aprendizes, para doutrinar as crianças, é um crime, porque é uma
ofensa à Constituição Federal. É uma ofensa ao princípio da liberdade de
crença, de convicção, de consciência! Muitos movimentos aqui, não vamos ser
hipócritas, foram aparelhados por partidos políticos que descobriram que podem
arregimentar lá, naquele local, cabeças de crianças como massa de manobra das
suas vertentes e das suas posições políticas. É isso que nós precisamos evitar.
A educação tem que ser plural, a educação tem
que ser democrática. A educação não pode ser direcionada para cá ou para lá,
porque o jovem, de novo, está ali é para aprender e ele está suscetível. Eu não
tenho dúvida nenhuma de que, primeiro, a educação está sucateada no nosso País,
e há muito tempo. Em todos os países de capitalismo desenvolvido, a educação é
a coisa mais importante que existe. Exatamente porque está sucateada,
exatamente porque se estabeleceu esse caos é que se criou um terreno fértil
para que essas doutrinas prosperem. É fácil para essas doutrinas, num terreno
como esse, prosperarem. É fácil pegar as escolas, que estão caindo aos pedaços,
e fazer esse discurso. Agora, aonde é que leva? Aonde é que levaram essas
experiências que estão como pano de fundo dessas doutrinas na história dos
países e da humanidade? Aonde nos levaram? A regimes democráticos? Por favor,
me citem um! Um regime democrático representado por essas doutrinas. Venezuela?
Cuba? Coreia do Norte? União Soviética? A Ucrânia acabou de proibir, anteontem,
o partido comunista. Eu não quero isso, eu quero a pluralidade. Mas eu também
não quero que o meu filho seja doutrinado...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: ...Eu
tenho mais de 120 páginas de denúncias de pais. Mais de 120 páginas de
denúncias de pais! Eu tenho gravação de professores fazendo doutrinação em sala
de aula. E aí a gente não pode falar. E aí a mentira, Ver.ª Sofia; certos
movimentos e certos partidos têm como prática dizer exatamente o oposto do que
está proposto. Eu estou propondo a pluralidade, aí vêm dizer que eu estou
propondo a mordaça e a censura. Os educadores têm o dever ético de falar a
verdade, e não de fazer politicagem. Mostrem para todos o que é o meu projeto
de lei, e que cada um tire a sua conclusão: se é mordaça ou se é censura.
Para além de tudo isso, eu quero dizer que eu
tenho convicção absoluta de
que eu estou lutando aqui pela liberdade, pela democracia e pela livre
consciência. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, apenas uma
observação. O Ver. Valter refere-se aos professores como criminosos, porque ele
diz que a Constituição não permite, e ele está dizendo, no projeto de lei dele,
que ele vai proibir os professores de fazer o que a Constituição não permite e
que eles estão fazendo. Então, eu acho que o Vereador está equivocado, não se
faz lei para punir professores que não cumprem leis. Se isso existe, ele
precisa fazer a denúncia, caso a caso.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Mais uma vez a velha tática de subtrair
as palavras das pessoas e subverter a ordem. A senhora é mentirosa! A senhora
está faltando com a verdade! A senhora não tem o direito de fazer isso! Mais
uma vez, e acabei de dizer: o meu projeto é plural, e a senhora está dizendo
que eu quero calar os professores. Não é verdade! Isso é uma mentira! A senhora
não tem direito de dizer isso.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores
e Vereadoras; Ver.ª Sofia, quero só registrar aqui que eu poderia fazer um
debate sobre esse projeto, mas, por enquanto, é só no imaginário e na cabeça do
Ver. Valter, porque ele não está aqui no espelho da Sessão. Portanto,
desconheço o conteúdo, está só no imaginário dele. Vamos deixar para quando o
projeto vier para cá, para podermos discutir.
Segunda
questão, eu quero discutir um projeto que está em Pauta, que é o projeto do
Executivo Municipal que dispõe sobre o Conselho Municipal de Saúde de Porto
Alegre. Esse Conselho tem uma grande importância para a saúde pública, e a
Prefeitura de Porto Alegre reconhece o conselho e busca aqui uma proposta de
adequação. Vamos discutir aqui a sua votação, quando vier. Mas para que e por
que existe o Conselho Municipal de Saúde, senhoras e senhores? O Conselho
Municipal de Saúde faz parte do Sistema Nacional de Saúde Pública, que
regulamenta e faz o controle social do Sistema Único de Saúde, e esse Sistema
Único de Saúde, neste momento, está correndo risco, porque o atual Governo
Temer, que é Governo golpista, está desconstituindo o Sistema Único de Saúde. E
neste momento, está acontecendo, em frente ao HPS, Hospital de Pronto Socorro
de Porto Alegre, uma grande manifestação em defesa do Sistema Único de Saúde.
Então, quero aproveitar para dizer que a Prefeitura, Sr. Presidente, é obrigada
a vir aqui a esta Câmara de três em três meses, com a Comissão de Saúde e Meio
Ambiente, junto com o Conselho Municipal de Saúde, para prestar contas do
Sistema Único de Saúde. Como funciona o Sistema Único de Saúde? Dentro da
estruturação brasileira tem uma quantidade de verbas já destinadas para a saúde
pública. Nós aqui recebemos, nos nossos espelhos, diariamente, o repasse que é
feito do Governo Federal para o Sistema Único de Saúde de Porto Alegre. E o
Conselho Municipal de Saúde é quem faz o controle social e a fiscalização dos
médicos, foi ele que veio aqui a esta Casa denunciar que os médicos batiam
ponto nos postos de saúde e iam embora.
Portanto,
tudo isso são questões importantes que o Conselho acompanha no dia a dia, na
carência dos funcionários, na falta de estrutura, na organização, no debate. O
Conselho Municipal de Saúde participa aqui conosco ativamente, e o que está em
risco hoje é a desconstituição do Sistema Único de Saúde. Eu quero aproveitar
para dizer – recebi uma mensagem – que tem membros do Conselho Municipal de
Saúde que estão participando, em Fortaleza, do Congresso Nacional de Saúde, com
mais de 3 mil Secretários Municipais de Saúde. O Ministro de Saúde do Governo
ilegítimo do Temer foi lá hoje e foi corrido pelos Secretários de Saúde dos
Municípios brasileiros, onde estão as representações dos Conselhos Municipais
de Saúde, por conta dessas ações das políticas de desmonte do Sistema Único de
Saúde. Uma delas foi que, na semana passada, nos primeiros dez dias do Governo
ilegítimo do Temer, já foram cortados R$ 10 bilhões da saúde básica, porque a
lógica colocada é favorecer e potencializar os sistemas privados de saúde. E o
Conselho Municipal de Saúde tem esse papel de defender a saúde pública, o
Sistema Único de Saúde, bem como já veio aqui a esta Casa defender outro programa
que está em desmonte pelo Governo ilegítimo do Temer, que é o Mais Médicos, que
tem aceitação de 95% da população.
Então, quero aqui trazer esse ponto em debate e
dizer que a nossa Bancada traz todo o apoio à reestruturação, à organização e
quer discutir aqui com os membros do Conselho Municipal de Saúde de Porto
Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO
JANTA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste
pela TVCâmara e pelas galerias, quero seguir discutindo aqui o Projeto de Lei
Complementar do Executivo que dispõe sobre o Conselho Municipal de Saúde de
Porto Alegre. Acho que é um dos Conselhos mais importantes da cidade de Porto
Alegre, sendo que a segurança pública e a saúde, hoje, são um dos temas que
mais influenciam a vida do cidadão de Porto Alegre. Acho que este tema vai
trazer muita discussão nesta Casa, já que se espera que este Conselho seja
muito atuante, de fato, na discussão dos problemas da saúde de Porto Alegre,
principalmente das Unidades Básicas de Saúde, dos Programas de Saúde da
Família, na questão de atuação, nos horários dos postos de saúde e no
funcionamento na questão da saúde de Porto Alegre, das UPAs. Tivemos a
ampliação de hospitais em Porto Alegre, como o Hospital da Restinga, e o
fechamento do pronto atendimento da Restinga, também algumas UPAs que foram
entregues para os hospitais particulares de Porto Alegre. Então, acho que o
Conselho terá uma discussão muito ampla aqui nesta Casa.
Queria também aproveitar para agradecer
novamente aos meus colegas desta Casa, que no dia de hoje, votaram, em 2º
Turno, o projeto que dispõe sobre o provimento de meios para que as escolas
municipais, progressivamente, funcionem em turno integral na cidade de Porto
Alegre, cidade do Orçamento Participativo, referência no mundo inteiro por ser
a cidade da participação do povo, novamente volta a ser destaque com este Projeto
que traz, na cidade de Porto Alegre, a escola de tempo integral. Uma escola que vai permitir que os filhos
dos trabalhadores estejam dentro do aprendizado, vai permitir que os filhos dos
trabalhadores estejam dentro de uma escola buscando o conhecimento, tendo
acesso ao conhecimento, algo que ninguém jamais irá tirar dessas crianças. E
para que seus pais, suas mães trabalhem tranquilos sabendo onde estão seus
filhos. Não como é hoje em dia, em que eles saem para trabalhar no período
extraturno e não sabem onde estão os seus filhos, trabalhando apreensivos,
porque no extraturno os seus filhos ficam em casa, ou com uma avó, com uma tia,
ou com alguém que o cuide. Agora, com os Pares desta Casa aprovando, em 2º
Turno, o projeto da escola de tempo integral, nós estamos dando à população de
Porto Alegre esse direito, essa dignidade, esse prêmio, poderia até dizer, de
ter uma condição digna na área de educação, de dar à população de Porto Alegre
uma expectativa de futuro. Todos nós falamos que a expectativa de um país, de
uma pátria é a educação; e Porto Alegre, que sempre tem sido uma cidade à
frente, um exemplo em muitas questões, se transforma um exemplo na questão da
educação nesta tarde de hoje, no mês de junho, aprovando a escola de tempo
integral.
Então,
que queria agradecer a todas as Bancadas que no dia de hoje, dia 02 de junho,
votaram a favor da escola de tempo integral. Agradeço a todos os Vereadores que
votaram favoravelmente, em 1º Turno e em 2º Turno, no projeto da escola de
tempo integral. Muito obrigado, Sr. Presidente, obrigado a todos que votaram.
Com muita força, fé e solidariedade a educação será estendida em tempo integral
na cidade de Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Registro as presenças do Deputado Fabio
Porta, do Partido Democrático Italiano; do Sr. Ivan Brugali, de Garibaldi; do
Sr. Pedro Carraro, Sr. Pedro Moré e Sr. Valerio Settimo, de Porto Alegre, sejam
muito bem-vindos. Estão aqui acompanhados do Ver. Marcelo Sgarbossa.
O
Ver. Dr. Thiago está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. DR. THIAGO: Caros colegas Vereadores, eu venho a esta
tribuna, primeiramente, fazer um registro, um registro de profundo
agradecimento ao Ver. João Carlos Nedel, que protocolou um projeto, que hoje
está na sua 2ª Sessão de Pauta, que denomina a Rua Desembargador Sebastião
Adroaldo Pereira o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e
Seis, localizado no Bairro Campo Novo. Meu profundo agradecimento ao Ver. João
Carlos Nedel em nome de toda a família.
Eu
não poderia deixar de discutir essas questões que foram faladas aqui referentes
à saúde. Eu acho que os Vereadores do PT, principalmente o Ver. Comassetto,
devem, quando vierem novamente à tribuna, nos trazer o relatório da comissão
especial que foi feita para que não ocorresse a CPI da saúde. Ver. Comassetto
fez uma comissão especial para não fazer a Comissão Parlamentar de Inquérito
vinculada às questões da saúde, para discutir as questões da saúde, e, até
hoje, não apresentou relatório. São praticamente dois anos, e não apresentou
relatório! Nós queremos saber do relatório, o que foi achado, ou não teve
relatório? Ou a comissão não terminou? Ou não sabe que a comissão tem prazo
para terminar? Nós queremos saber! Porque essa foi a justificativa para o PT
não assinar a CPI da saúde! Essa foi a justificativa, nós não esquecemos. A
cidade de Porto Alegre não esquece. O PT vai ter que explicar: será que o PT é
oposição à gestão Municipal da saúde? Será que a Procempa não é administrada
por alguém vinculado ao PT? Será que a Fazenda não é administrada por alguém
vinculado ao PT? Será que nós não temos muitos cargos comissionados na
Prefeitura hoje, de pessoas vinculadas ao PT? Então é isso que nós tornaremos
transparente nesta campanha eleitoral que se avizinha. Nós queremos saber, a
partir de agora, essas questões.
Com
relação ao Mais Médicos, eu já falei que isso é uma enganação, Dr. Goulart,
assim como eles fizeram com o Hospital da Restinga. Isso é uma enganação!
Terminaram com o pronto atendimento! Fecharam o pronto atendimento e abriram o
hospital! Trocaram seis por meia dúzia! É só perguntar aqui entre os que estão
nesta Sessão plenária de hoje quanto tempo faz que o raio x não funciona no
Hospital da Restinga. Estou dizendo alguma mentira? Pergunto aos usuários, aos
nossos funcionários que são usuários do Hospital da Restinga. Faz duas semanas
que não funciona, Dr. Goulart! Isso não é por inoperância do Hospital Moinhos
de Vento; é porque não se tinha condições de manter essas duas estruturas. E por
quê? Porque existem alguns filhos da rainha que recebem tudo, como o senhor
sabe, como o senhor tem dito! Alguns filhos da rainha, na Secretaria da Saúde,
recebem tudo, todos os recursos! E outros não recebem nada. E aí nós
precarizamos cada vez mais o atendimento da saúde.
Só
para terminar e deixar bem claro. Ver. Engº Comassetto, pare de dizer isso do
Programa Mais Médicos! Vai ficar chato, vai ficar ridículo para ele dizer isso!
As pessoas estão morrendo por intervenção dessas pessoas despreparadas! As
pessoas estão morrendo! Há duas semanas, eu atendi um cidadão que colocou três stents no Instituto de Cardiologia, foi
para casa, foi orientado por um desses profissionais, que eu não chamo de
médico: “Ah, o senhor está tomando muitos remédios. O senhor tem que parar com
esse e com esse.” Acabou, dois dias depois, indo para a CTI do Instituto de
Cardiologia de novo! Quase morreu! Então, pare de dizer essas bobagens! A
população sabe. O Programa Mais Médicos, que veio para melhorar a saúde, não
melhorou nada! Só jogou os médicos para fora da Prefeitura de Porto Alegre! É
isso que aconteceu. Então, vão parar de dizer bobagens, vão respeitar a
população de Porto Alegre. Não vão achar que a população de Porto Alegre não
está sabendo o que está acontecendo. Não vão achar que a população de Porto
Alegre é burra, porque ela não é.
E
vamos nos concentrar naquilo que é correto: não podia ter fechado o Pronto
Atendimento Restinga. Não podia! Tinha que ter aberto o hospital e deixado o
Pronto Atendimento Restinga aberto. Eu não vi esses Vereadores, como por
exemplo, o Ver. Engº Comassetto, falarem uma frase pelo não fechamento do
pronto atendimento. Não vi. Na audiência pública que foi feita na Restinga, ele
não estava lá! Então, vamos devagar que o santo é de barro. E vamos nos ater às
nossas especialidades, senão, nós vamos passar realmente um atestado de que não
sabemos aquilo que estamos falando. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h21min.)
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